Foram cumpridas logo no início da manhã deste dia 2 de outubro, em Marabá, 27 de 30 mandados de busca e apreensão expedidos pela 23ª Zona Eleitoral de Marabá contra o esquema de compra de votos. Os próprios promotores do Ministério Público Eleitoral acompanharam a os agentes de Polícia Federal nesse cumprimento em casas de candidatos e seus apoiadores. Já foram apreendidos R$ 100 mil em dinheiro e uma grande qualidade de material de campanha.
A PF batizou a operação de “Saruê”, uma vez que a grande maioria dos investigados é de políticos que tentam se manter no poder a custo desse tipo de estratégia, com poderio financeiro. As equipes do Grupo Correio de Comunicação estão na rua acompanhando as ações. Marabá tem 159 mil eleitores.
O objetivo é combater crimes como compra de voto, abuso de poder econômico e poder político no dia das eleições. As investigações apontam que vários políticos de diversos partidos do município prepararam um grande esquema para compra de votos no dia das eleições.
Segundo a Polícia Federal, os investigados contavam com o apoio de vários cabos eleitorais, muitos dos quais são, na verdade, funcionários fantasmas de diversas repartições municipais. Na última sexta-feira, como noticiado pelo CORREIO, já haviam sido lacradas bombas de combustível abastecendo veículos ao custo dos cofres do Município.
PRESIDENTE DA CÂMARA
Uma das casas alvo da operação foi a do presidente da Câmara de Marabá, vereador Miguelito, onde foram encontrados e confiscados R$ 100 mil em espécie. Da casa de outro vereador, Ubirajara Sompré, outros R$ 7 mil.
Na tentativa de chegar à residência do vereador Adelmo Azevedo, outro alvo da operação, os agentes estiveram na casa de um cunhado dele, onde, em um celular, foi identificada troca de mensagens fazendo menção a compra de votos.
Parte das ações foi desencadeada tendo por base o resultado de sigilos telefônicos de mais de 10 pessoas quebrados por autorização da Justiça e por meio do qual a PF monitorou o esquema.
O Jornal segue atrás das pessoas citadas para ouvir suas versões. Apenas familiares de Miguelito justificaram o dinheiro em casa com a versão de que seria utilizado por ele para uma cirurgia na próxima semana, uma vez que Miguel se encontra com problemas de saúde.
Fonte: Redação do Jornal CORREIO
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