A Petrobrás anunciou alta de 18,8% na gasolina, de 24,9% no diesel e de 16,1% no gás de cozinha vendidos às distribuidoras.

Quem depende do botijão de gás para trabalhar e garantir o sustento da família relata que o cenário é angustiante. Na Feira do Mercado de São Brás, a permissionária Elza da Silva, 52 anos, conta que o último botijão que comprou custou R$ 120 e já está se preparando para desembolsar R$ 130.

“É muita despesa. Uso um botijão por cerca de seis dias. Para tentar amenizar a situação tive que aumentar o preço das refeições em R$ 1 ou R$ 2, mas ainda assim os clientes reclamam. Para mim, é um valor pouco, mas que faz diferença. Vamos levando do jeito que dá, porque tudo está caro, a carne, o peixe, a conta de energia, que vem cerca de R$ 500. E eu trabalho de domingo a domingo, e mesmo assim, está cada dia mais complicado”, desabafou.

O proprietário de um restaurante na travessa 14 de abril, Robson dos Santos, diz que costuma comprar o gás de cozinha do mesmo fornecedor e usa, por semana, de três a quatro botijões. “Eles cobram R$ 115 para uso doméstico e, para estabelecimento, R$ 110”, avaliou. Para tentar driblar esta situação, Robson alterna o preparo das refeições entre a churrasqueira e o fogão. Quanto aos valores das refeições, conta que não pode aumentar muito o preço, já que seu público é de assalariados.