O Ministério da Saúde afirmou, nesta quinta-feira (23), que está em alerta para o risco de transmissão do coronavírus no Brasil. De acordo com a pasta, o nível de alerta é 1 (inicial), em uma escala que vai de 1 a 3. O nível mais elevado é ativado quando são confirmados casos transmitidos em solo nacional. Julio Henrique Rosa Croda, secretário substituto de Vigilância em Saúde, afirmou que cinco casos suspeitos da doença no Brasil foram descartados.
O coronavírus já matou 17 pessoas e infectou centenas em nove países. Além da China, há registros de casos nos Estados Unidos, Japão, Tailândia, Taiwan, Coreia do Sul, Vietnã, de Singapura e a Arábia Saudita.
Três cidades chinesas adotaram medidas de quarentena para tentar frear a epidemia. Pequim cancelou as comemorações do Ano Novo chinês.
“O vírus sofreu uma pequena mutação e não se sabe ainda a forma de transmissão, se ele se assemelha à transmissão do Sars e do Mers, [outras variações de coronavírus, que são transmitidos por gotículas] e portanto mais limitada, ou se pode adquirir habilidade maior de transmissão, como o vírus da influenza, por aerossol”, afirma Julio Henrique Rosa Croda, secretário substituto de Vigilância em Saúde.
Croda afirmou que cinco casos sob suspeita de coronavírus foram descartados pelo Ministério da Saúde. Os registros estavam sendo investigados em Minas Gerais, Distrito Federal, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Croda frisou que os casos suspeitos do Brasil foram descartados seguindo os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Segundo ele, os parâmetros são: registro de febre e sintomas gripais; e critérios epidemiológicos, como se a pessoa suspeita de infecção viajou para Wuhan – cidade considerada o epicentro da doença, na China –, e se teve contato com infectados.
Na China, segundo Croda, a transmissão foi registrada entre familiares e profissionais de saúde, comportamento semelhante a outros vírus da família coronavírus.
Não foram feitos registros de casos transmitidos sem o contato com infectados, o que descarta o risco de uma pandemia.
Fonte: G1
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