Para inibir a propagação do novo coronavírus (Covid-19), a Caixa Econômica Federal começou a adotar um controle rígido de entrada e saída de pessoas em Marabá. Entre as mudanças, informa o banco, estão o gerenciamento de filas e a distribuição de senhas em cores. Esta medida, por sinal, serve para diferenciar a necessidade individual e agilizar o atendimento, mas não é bem isso que está acontecendo.
O Portal Correio de Carajás esteve na agência localizada na Folha 32, na Nova Marabá, e lá constatou o uso de máscaras por servidores — que, por orientação do próprio banco, estabeleceram posturas de prevenção diante da iminência de contágio pela temida doença — e aglomeração de pessoas, irritadas pela demora em entrar.
O fluxo de pessoas no interior da agência foi limitado a no máximo 50% da capacidade dos assentos da unidade, para manter a distância de no mínimo um metro entre as pessoas. Foram colocados cartazes com informações para orientar os clientes, além de álcool em gel em locais visíveis.
De acordo com uma funcionária da Caixa que preferiu não se identificar, por “questões internas”, o banco pode ser fechado caso a Covid-19 se torne um problema latente no município. Ela destacou que toda prevenção é necessária, mas criticou a falta de organização dos clientes.
“Não adianta o banco parar, colocar número menor dentro do espaço, se não se organizarem nas filas. A recomendação do banco é distância de um metro e ponto final. Infelizmente, eles (clientes) não estão seguindo as orientações. O pior é que o risco de contágio é para eles mesmos”, expõe.
Ouvido pela Reportagem, o autônomo Keyver Reis Parente, que estava na fila há uma hora e meia, criticou o controle de entrada e saída de pessoas na agência. “Essa medida ainda não foi repassada de forma efetiva para a população. Fui surpreendido com esta aglomeração, o que não é nada adequado”, afirma.
Para Keyver, a iniciativa do banco é o famoso ‘trocar seis por meia dúzia’. “Não traduz a realidade dos fatos. Com isso (controle), a Caixa muda o foco da aglomeração de dentro da agência para a sua calçada. É surreal. Eles querem se eximir da culpa de um possível contágio pelo vírus lá dentro (da unidade)”, pondera ele.
Conforme a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em comunicado, neste período de ação coletiva contra a doença cada instituição financeira é livre para assumir procedimentos adequados de forma a evitar riscos a colaboradores e clientes. Itaú e Banpará estão mantendo suas atividades em ritmo normal. (Da Redação)
Fonte: Correio de Carajás
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