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Criminosos esvaziam contas bancárias após invadir celular: entenda golpe alvo de alerta da PF e saiba como se proteger

Na ação, pessoas são enganadas para instalar programas maliciosos nos aparelhos e, assim, conceder acesso aos golpistas.

A Polícia Federal fez um alerta para um novo tipo de golpe pela internet que permite a vítima ver sua conta bancária sendo “esvaziada” em tempo real. Conhecida como “mão fantasma”, a ação criminosa invade os celulares das vítimas, que são enganadas a instalarem programas maliciosos.

Segundo a Superintendência da Polícia Federal de Pernambuco, é estimado que 40 mil pessoas em todo o Brasil podem ter caído no “golpe da mão fantasma”. A prevenção contra este tipo de crime pode ser feita através do olhar atento para alguns detalhes, como a forma de contato.

Nesta reportagem, leia as respostas para as seguintes perguntas:

1. Como os criminosos chegam até as vítimas?

Segundo a Polícia Federal, no “golpe da mão fantasma”, os criminosos alcançam suas vítimas simulando gravações de centrais telefônicas. Ao atender a chamada, o cliente é transferido para um atendente que, na verdade, é um dos integrantes da quadrilha.

Os criminosos abordam a vítima informando que houve algum tipo de movimentação, compra ou débito suspeito na conta do usuário para obter informações.

Outro tipo de abordagem dos criminosos é através de mensagens de e-mail ou mensagens de texto. Nesta modalidade, os usuários devem ficar atentos ao conteúdo do golpe .

Caso o usuário instale o aplicativo enviado por e-mail ou mensagem de texto, os criminosos conseguem acesso remoto aos celulares das vítimas e utilizam essa brecha para acessar os apps bancários, fazendo movimentações indesejadas.

As pessoas devem ficar atentas aos links e mensagens falsas como “seu telefone está infectado”, pois, segundo a PF, tanto os sistemas operacionais nativos dos celulares quanto as instituições financeiras não se comunicam desta forma com o usuário.

2. Como saber se abordagem é verdadeira?

Ao receber uma ligação ou mensagem de texto do seu banco anunciando alguma irregularidade suspeita, a pessoa deve desconfiar da abordagem e confirmar a ação ligando através dos canais oficiais da instituição, não por números enviados por mensagem.

O verso dos cartões de crédito costuma apresentar os números dos canais de atendimento do banco, pelo qual o usuário pode entrar em contato sem sair de casa. Se preferir, também é válido que o cliente compareça à sua agência para obter esclarecimentos.

3. Os aplicativos bancários são seguros?

Segundo a Polícia Federal, os aplicativos bancários já possuem em sua programação uma estrutura de segurança bastante confiável, não havendo, inclusive, registros de violações de segurança nesses apps.

Com isso, não se faz necessário a instalação de aplicativos paralelos fora da loja oficial do sistema operacional, que muitas vezes atualiza automaticamente as aplicações instaladas, não sendo necessário que o usuário atualize os apps manualmente.

4. Como identificar movimentações suspeitas?

Movimentações bancárias como compras, empréstimos, depósitos e transferências costumam ser sinalizadas ao cliente através da própria notificação do aplicativo instalado no celular do usuário.

O cliente pode ver, no próprio aplicativo, se alguma transação foi aprovada, negada ou até mesmo os valores pagos nas compras. Caso o cliente observe um valor estranho em seu saldo, que não corresponde com nenhuma notificação de seu conhecimento, pode ser um sinal de golpe.

5. Como posso me proteger?

A opção de autenticação em dois fatores para autorização de transações bancárias pode ser ativada nas configurações dos aplicativos, o que dificulta movimentações suspeitas sem autorização do usuário.

É importante que o cliente desenvolva o hábito de mudar regularmente as senhas de acesso aos aplicativos, criando senhas fortes com uma boa variação de caracteres. As senhas podem ser armazenadas em segurança em um gerenciador de confiança.

6. Como denunciar?

Se já tiver sido vítima do golpe da “mão fantasma” ou de qualquer outra fraude financeira, a orientação da polícia é que o cliente procure uma delegacia especializada em crimes digitais e registre um boletim de ocorrência.

De acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS), um comparativo do primeiro semestre do ano passado com o mesmo período deste ano mostra um aumento de 237% nos casos de crimes cibernéticos no estado de Pernambuco.

No primeiro semestre deste ano, foram registradas 944 ocorrências deste tipo de crime em Pernambuco. No mesmo período do ano passado, houve 280 notificações.

Fonte: g1.globo.com



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