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Desemprego no Pará caiu quase 23% em 2022

Informação, divulgada ontem pelo IBGE, mostra ainda que quantitativo de trabalhadores ocupados no Pará alcançou 3,8 milhões de pessoas.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Pnad Contínua mostram que no 4º trimestre de 2022 o quantitativo de trabalhadores ocupados no Pará alcançou 3,868 milhões de pessoas. Deste total, estavam na condição de empregados, nos setores privado e público, com ou sem carteira assinada, cerca de 2,310 milhões de pessoas, o equivalente a 59,7% dos trabalhadores ocupados em todo o Estado.

Os números foram divulgados ontem, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostram em todo o Brasil uma melhora do mercado de trabalho em relação ao período pré-pandemia de covid-19. Em 2019, o desemprego foi de 11,9%. Na comparação com 2021, quando a taxa média atingiu a marca de 13,2%, a melhora é de 3,9 pontos percentuais.

Os dados sobre o Pará são divulgados por um novo estudo produzido e divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), e apontam que nos três últimos meses do ano passado, foram registrados 216 mil novos contratados no mercado formal paraense, segundo o Dieese, número significativo quando comparado ao mesmo período de 2021 (outubro a dezembro).

O crescimento demonstra o aumento de pelo menos 6% de pessoas ocupadas, e a redução de quase 23% no total de desocupados. “A manutenção desses dados é fruto da dedicação da atual gestão estadual em promover e propiciar oportunidades à população, unida aos investimentos em obras, em grandes projetos, em infraestrutura e circulação de recursos. A prioridade desta Secretaria para este ano está nos projetos para estes segmentos: na geração de emprego e assistência social. Além de investir em qualificação e nas necessidades do mercado”, informa o titular da Seaster, Inocencio Gasparim.

RECUO

O estudo mostrou ainda que, em contrapartida, estavam na condição de trabalho por conta própria cerca de 1,194 milhão de pessoas, o equivalente a 30,97% desses trabalhadores. “Mesmo sabendo que ainda é expressivo o número de trabalhadores na informalidade, nós festejamos o recuo do desemprego, que de 450 mil pessoas, caiu para 347 mil. O emprego com carteira assinada também aumentou, e o mercado informal recuou. Sinalizações importantes para a movimentação de mercado dentro do Estado”, reforçou o supervisor técnico do Dieese, Everson Costa.

RECUPERAÇÃO

Para Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, os resultados positivos em todo o Brasil mostram que 2022 consolidou o processo de recuperação iniciado no ano anterior.

“2021 foi de transição, saindo do pior momento da série histórica, sob o impacto da pandemia e do isolamento ocorrido em 2020. Já 2022 marca a consolidação do processo de recuperação”, afirmou ela em nota. “Em dois anos, a desocupação do mercado de trabalho recuou 4,5 pontos percentuais.”

Nesse sentido, alguns índices que compõem a Pnad confirmaram o movimento de retomada de 2022. O IBGE destaca, por exemplo, o crescimento do contingente médio anual da população ocupada em todo o país, que, com mais 6,7 milhões de pessoas em relação a 2021, saltou em 7,4%.

O nível de ocupação também cresceu pelo segundo ano consecutivo, a 56,6%, em 2022. No primeiro ano da pandemia, o índice chegou ao menor patamar da série, a 51,2%.

PARA ENTENDER

pnad é a base

Os dados analisados pelo Dieese são baseados em informações da PNAD Contínua do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com ênfase no total de trabalhadores ocupados e desocupados.

O estudo também integra o projeto do Observatório do Trabalho do Estado do Pará, uma parceria do Dieese e o governo do Estado, por meio da Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster).

 

Fonte: dol.com.br



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