Estudos: foco no repertório cultural
Giovanna terminou o ensino médio em dezembro de 2020. No ano seguinte, dedicou-se exclusivamente aos estudos para o Enem — continuou com aulas de redação e ainda se matriculou em um cursinho preparatório para o exame.
“Tentei apostar mais no lado prático: priorizei exercícios, simulados e treinos de textos”, diz. “Fui ganhando confiança para montar a estrutura da dissertação, aí passei a focar no meu repertório cultural.”
Na redação do Enem, uma das competências exigidas do candidato é fazer citações a estudos científicos, notícias, filósofos, filmes, livros e séries, por exemplo.
“Quando vi o tema de 2021 [‘invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil’], já decidi quais seriam as minhas referências. Na introdução, falei do quadro ‘Retirantes’, de Candido Portinari. No desenvolvimento, citei os historiadores José Murilo de Carvalho e Florestan Fernandes, e mencionei um dado sobre desigualdade”, relata.
Depois de entregar a prova, Giovanna optou por nem encostar mais na folha de rascunho da redação. Ela temia encontrar algum erro ou descobrir que seu texto estava insatisfatório.
“Fiquei muito nervosa. Ontem, até demorei para acessar as notas do Enem, porque deu medo de não ter conseguido o resultado que eu esperava. Quando vi o ‘mil’, fiquei em choque. Agora, estou esperançosa [de entrar na faculdade].