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Donos de embarcação suspeita de bater na ponte são ouvidos

Uma investigação policial não é fácil. O trabalho envolve localizar e identificar testemunhas, colher o depoimento, juntar provas, laudos técnicos e apurar se as informações que estão sendo levantadas são verdadeiras. É como um jogo quebra-cabeça, em que as peças precisam ser encaixadas correta e perfeitamente. É assim que estão as diligências para a elucidação do incidente com a ponte Éneas Martins, no distrito de Outeiro, em Belém, cujo um dos pilares de sustentação caiu na manhã da última segunda-feira (17).

A suspeita é de que uma balsa carregada com madeira tenha sido a causadora dos danos. Esta embarcação está apreendida para averiguação. Uma equipe da Delegacia de Polícia Fluvial ouviu, ontem (20), os empresários que são proprietários do empurrador e da balsa. Até o momento, 15 pessoas prestaram depoimentos. Todos na condição de testemunha, inclusive a tripulação da embarcação.

Os executivos disseram não ter tomado conhecimento de que a balsa se envolveu em alguma colisão com a estrutura da ponte. Relataram que foram avisados apenas de que a carga de madeira tinha chegado no porto e horas depois avisados de que a polícia estaria apreendendo a balsa para averiguação.

Um vídeo, gravado por câmera de celular, mostra a embarcação passando pela ponte num horário próximo ao da queda da pilastra. O registro de imagens levantou a suspeita e a movimentação está sendo apurada. Os empresários também solicitaram uma perícia particular para checar se há danos na embarcação que coincidam com os que foram provocados por um possível choque com a pilastra da ponte.

Entre os depoimentos colhidos, até o momento, está o de pescador que disse ter visto a balsa carregada com madeira bater de raspão no pilar, que teria inclinado antes de ruir.

Policias Civil e Científica averiguam balsa suspeita.
 Policias Civil e Científica averiguam balsa suspeita. | Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Cientifica Renato Chaves deve concluir até a próxima semana os laudos da perícia feita na balsa e também na ponte de Outeiro. Os documentos serão juntados nas investigações e poderão, dependendo do resultado, confirmar ou mudar a linha de investigação.

A Polícia Civil continua analisando as imagens de câmeras de segurança tanto da balsa suspeita quanto do circuito de monitoramento de empresas instaladas às margens do Rio Maguari.

A ponte de Outeiro continua interditada | Reprodução

Fonte: dol.com.br



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