A corrida pelo governo de Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país, vem influenciando a disputa nacional. O ex-prefeito da capital Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) e o atual governador Romeu Zema (Novo) protagonizam uma eleição polarizada “de dentro para fora”, que faz com que os principais candidatos à Presidência busquem seus respectivos apoios.
É o que descreve o economista mineiro Bruno Corazza em entrevista à Renata Lo Prete.
“Lula se aproximou de Kalil. Kalil tinha uma identidade identificação muito mais forte com Ciro, e o Lula vem a Minas para buscar o apoio do Kalil. O Bolsonaro, por outro lado, tem feito de tudo para conseguir o apoio do Zema nas eleições. Então, é uma eleição invertida nesse sentido nacional versus regional”, explica.
O colunista do jornal “Valor Econômico” e autor do livro “Dinheiro, eleições e poder” ainda lembra que em Minas Gerais a presença do Estado é forte. Isso se explica pela arrecadação alta, tanto do governo quanto das mais de 800 prefeituras e, portanto, leva a um quadro amplo de servidores públicos.
Zema tem, além da tendência à reeleição natural, uma associação com boa administração e uma recuperação nas contas públicas. Kalil tem a liderança de Lula entres os mineiros a seu favor, apostando nessa transferência de votos. E é por isso mesmo que Bolsonaro tenta forçar a associação com Zema para ganhar votos, exatamente o que o empresário fez há quatro anos.
Fonte: g1.globo.com
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