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Eleições: Juiz quer Exército nas ruas em Marabá

Nesta terça-feira, no auditório do 2º Comando de Policiamento Regional (CPR-II), aconteceu reunião com representantes dos órgãos de segurança do Estado e do município, junto com autoridades eleitorais, para tratar da segurança das eleições do próximo dia 15 de novembro, em Marabá. Durante a reunião, as autoridades entenderam que é preciso solicitar o apoio do Exército no pleito, diferente do que estava definido anteriormente.

Presente ao encontro, o juiz Bruno Favacho, da 100ª Zona Eleitoral, explicou que, apesar de toda a articulação que está sendo feita pelos órgãos de segurança, e apesar do clima harmônico que impera até o momento, o quantitativo de policiais disponíveis é insuficiente para garantir uma segurança adequada no pleito eleitoral.

Por isso, ele entende que é preciso acionar o Exército Brasileiro, cuja participação em Marabá não está prevista conforme o planejamento que foi feito pela Justiça Eleitoral e pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup).

“Foi feita uma definição pela Secretaria de Segurança Pública, que repassou para o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) a situação das comarcas que estavam sujeitas a uma situação de conflito e nesse momento Marabá se encontra excluída, mas eu já reiterei um ofício ao TRE, que deverá repassar pro TSE (Tribunal Superior Eleitoral)”, explicou.

O magistrado lembra que em Marabá já existe base instalada do Exército Brasileiro, o que tornaria muito mais fácil o deslocamento dos militares para atuar nas eleições.

Polícia Militar

Segundo o coronel Sabbá, comandante CPR-II, além de Marabá e Parauapebas, mais 14 municípios, incluindo as vilas, estão sob a proteção do CPR-II, que irá compor uma rede de segurança para o pleito eleitoral. Ele inclusive solicitou reforço para não ter problema na segurança. “Vamos trabalhar para que a democracia seja feita dentro da legalidade”, afirma.

Ao todo, serão utilizados 615 policiais militares nos 16 municípios da área do CPR-II. Desse total, 115 virão de Belém. Os militares, junto com os outros órgãos de segurança, irão tentar coibir boca de urna, compra de votos, uso da máquina pública, entre outros crimes eleitorais.

Ainda segundo o oficial, não é de hoje que as polícias vêm investigando e coibindo crime de cunho eleitoreiro. Prova disso, é que recentemente foi feita a apreensão de grande quantidade de combustíveis em Curionópolis.

Crimes eleitorais

Adriana Tristão, juíza eleitoral da 23ª Zona, também sediada em Marabá, observou que a temperatura do pleito eleitoral passa muito pelo comportamento do eleitor, que, na visão dela, precisa ter em mente que a campanha eleitoral é um evento passageiro e que depois os políticos fazem as pazes, por isso ninguém deve se expor porque pode levar consequências ruins para o futuro, como enfrentar ações judiciais, por exemplo.

Ela enaltece que o pleito está sendo bem organizado pela Justiça Eleitoral, confirmou também que o TSE já encaminhou os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os mesários que vão trabalhar nas eleições, assim como já deu início ao treinamento dos mesários, algo em torno de duas mil pessoas, que estarão atuando nas duas Zonas Eleitorais sediadas em Marabá, mas que atendem também aos municípios de Nova Ipixuna e Bom Jesus do Tocantins. (Chagas Filho, Evangelista Rocha e Josseli Carvalho)

Fonte: correiodecarajas.com.br



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