Na manhã desta quarta-feira, a partir de 10 horas, o prefeito Tião Miranda, de Marabá, participou de uma reunião virtual com vereadores, organizada pela Comissão de Saúde do Poder Legislativo. Na pauta, apenas assuntos relacionados à covid-19 e o gestor municipal respondeu aos questionamentos a partir de seu Gabinete na Secretaria de Obras.
Presidente da Comissão de Saúde, o vereador Miguel Gomes Filho, o Miguelito, esteve à frente da reunião virtual. Os parlamentares – de três em três – faziam perguntas que eram respondidas em seguida por Tião Miranda, com réplica e tréplica no final.
No dia em que o Ministério da Saúde liberou o uso de cloroquina no SUS até em pacientes com casos leves da doença, o prefeito reafirmou aos vereadores o que tinha dito no dia anterior em entrevista à Imprensa: está preparando 12 mil kits de medicamentos – entre eles hidroxocloroquina – para distribuir a quem os médicos indicarem.
Tião defendeu que o comércio não seja fechado totalmente – pelo menos não no momento atual e garantiu que, caso necessário fará aquisição de mais medicação para atender a comunidade. “Vamos dar condições para a população que ficar doente tenha acesso a esses medicamentos. Isolamento é importante, mas ter os kits de medicação é mais importante”, garantiu o prefeito.
Para isso, disse que pretende descentralizar a entrega de medicação. Informou que esta semana ainda termina a preparação dos kits, que serão distribuídos em duas escolas em cada núcleo, com exceção de São Félix e Marabá Pioneira, que terão apenas uma escola. “Depois, vamos preparar mais, de acordo com a demanda. No HMM, quem chega já tem medicação pronta. Não podemos deixar os pacientes sem atendimento. Temos muitas mortes, é verdade, mas com medicação vamos evitar que pessoas piorem”.
Ainda sobre a distribuição de kits de medicação, Tião Miranda antecipou que está em avaliação a possibilidade de implantar o serviço de delivery de medicamentos, com uma equipe para levar aos pacientes que estiverem em casa, principalmente idosos.
Sobre kits de medicamentos da zona rural, garantiu que serão enviados para as principais comunidades onde há postos de saúde, mas que os cidadãos precisarão de avaliação e consulta médica.
Sobre seu pedido ao governador para retirar Marabá do lockdown, Tião avaliou que o decreto dificultaria mais ainda a vida do povo que trabalha. “Em Belém, baixaram um decreto dessa natureza e aumentou isolamento apenas de 0,5%. Vários municípios também pediram para sair do lockdown”.
Ao ser solicitado a ampliar o abono a mais profissionais de saúde, não apenas aos que atende no HMM, o prefeito disse que está enfrentando a epidemia, mas que caiu a arrecadação. “Não dá para oferecer abono para todos os servidores que trabalham na linha de frente. Com empresas fechadas, a arrecadação diminui. Tivemos baixa grande de 53 funcionários no HMM. Repomos, contratamos mais e demos abono para quem está na linha de frente. Infelizmente, não podemos atender a todos”.
Ao ser questionado sobre o valor de recursos que recebeu especificamente para a covid-19, o prefeito informou que foram apenas R$ 2 milhões do governo federal e R$ 1,3 milhão da Justiça do Trabalho. “Estamos comprando tudo com licitação, quase nada com compra direta. Mandei manipular cloroquina para poder distribuir a quem precisar”.
Sobre a reclamação dos vereadores em relação à falta de informação de pacientes internados com covid-19 aos seus familiares, o prefeito atendeu ao pedido e disse que vai instalar uma Central de Atendimento a Familiares por meio de um canal com assistente social para conversar com a família e repassar a situação de cada um. (Da Redação)
Fonte: correiodecarajas.com.br
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