Ainda não foi identificado, junto ao Instituto Médico Legal (IML), o corpo do ciclista que morreu em decorrência de um acidente de trânsito na Rodovia BR-222, à altura do Residencial Tiradentes, entre o Núcleo São Félix e o Bairro Morada Nova, no início da madrugada desta sexta-feira (12).

De acordo com Cleuzenir Santos, que mora em frente do local onde ocorreu a morte, por volta da meia-noite escutou um barulho de colisão, mas ao olhar para a rodovia não viu ninguém. “Só ouvi a pancada. A gente achou  que um carro tinha batido em outro, mas saímos e não vimos nenhum carro”, afirmou.

Pouco tempo depois passou a ouvir movimentação na rua e, ao olhar pela janela, viu várias pessoas aglomeradas. “Depois vimos o povo parando aqui. Olhei a janela e disseram que tinha acontecido um acidente aqui, aí vimos que ele já estava morto, não é conhecido daqui”.

O homem transportava com ele um recipiente com gasolina. “Ninguém sabe se ia pro rio, se é pescador, ninguém sabe quem é ele”, acrescentou Cleuzenir, reafirmando, ainda, que certamente a pessoa que colidiu contra o ciclista não teve a intenção de prestar socorro. “Foi embora logo, não parou”, declarou.

O local onde a colisão com ciclista ocorreu não possui iluminação. A falta de postes no trecho que liga os três aglomerados urbanos, inclusive , é reclamação frequente de quem trafega pelo local e próximo o Residencial Tiradentes é comum o registro de acidentes de trânsitos com vítimas fatais.

Desde que o residencial popular foi entregue, o número de acidentes na região cresceu vertiginosamente, principalmente em decorrência do aumento populacional repentino. O CORREIO já realizou diversas reportagens neste sentido e ouviu promessas dos órgãos municipais e federais de que a iluminação era apenas questão de tempo, mas até hoje nada foi feito.

O caso mais recente foi registrado junto à 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil  onde ninguém havia se apresentado até a noite desta sexta para assumir envolvimento no acidente. O corpo, removido pelo IML, está recolhido na câmara refrigerada, aguardando que familiares façam reconhecimento. A equipe do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves realizou levamento na cena do acidente. (Com informações de Josseli Carvalho)