Após viralizar por impedir a entrada de homens em sua loja devido a casos de assédio, a empresária e influencer Andrea Costa passou a receber uma onda de apoio de outras mulheres, mas também diversas ameaças de processo e ataques masculinos durante esta quinta-feira (27).
“Cansei de baixar a cabeça para assédio para não constranger a esposa, para não se expor, porque até hoje ainda somos “CULPADAS” por sermos assediadas. Ou era a saia curta, o batom vermelho, o decote, enfim, e por medo de sermos taxadas “DE CULPADAS“, nos calamos por anos, mas já deu”, escreveu ao g1.
Cartazes avisam sobre a proibição da entrada de homens na loja — Foto: Arquivo pessoal
A empresária colocou um cartaz na porta da loja que não deixa dúvidas sobre a sua postura: “Homens, se não forem provar, esperem do lado de fora da loja”, diz um dos avisos fixados na vitrine. Ela conta que a medida foi necessária após inúmeros casos de assédio contra as clientes e funcionárias do local.
Ao longo da quinta-feira (27), ela recebeu diversas mensagens principalmente de outras mulheres apoiando a iniciativa. Muitas relataram que presenciaram situações parecidas.
Seguidora apoiou iniciativa de proibir homem dentro de loja em São José dos Campos — Foto: Reprodução/ Instagram
Seguidora apoiou iniciativa de proibir homem dentro de loja em São José dos Campos — Foto: Reprodução/ Instagram
A viralização da iniciativa trouxe para Andrea também diversas mensagens de homens contrários à medida, ameaçando processar a loja dela por uma suposta discriminação. Houve também um ataque organizado para baixar a pontuação das avaliações da loja dela em sites, como o Google.
Empresária que proibiu homens em loja por casos de assédio recebeu ameaças de processo e xingamentos — Foto: Reprodução/ Instagram
Empresária que proibiu homens em loja por casos de assédio recebeu ameaças de processo e xingamentos — Foto: Reprodução/ Instagram
Questionada se ficou intimidada pelos ataques, a empresária disse que vai manter a postura. “A maioria das lojistas pensa o mesmo, só não tem a coragem. Todas passam pela mesma situação, mas eu não me calo, doa a quem doer. Se quiserem processar faço ‘vaquinha’ na internet e pagamos o processo”, disse Andrea, que complementa:
“Nós mulheres merecemos um mundo, um país, uma cidade onde possamos nos sentir seguras e livres de assédio. E se eu ainda não posso garantir tudo isso para elas, pelo menos uma loja segura, acolhedora para tomarmos um champanhe sem sermos assediadas, eu garanto”, finaliza a empresária.
Fonte: g1.globo.com
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