Desde o início deste mês passou a valer em todo o País a Tarifa Branca, uma nova modalidade de consumo que pode ser vantajosa na hora de pagar a conta de energia, dependendo do perfil de cada consumidor. Embora ainda seja cedo para dizer se vai emplacar ou não, o certo é que em Marabá, pelo menos até agora, ninguém procurou o escritório da concessionária de energia para fazer o cadastro. A novidade criada pela agência de governo que regulamenta o setor elétrico foi feita sob medida para quem utiliza a eletricidade em baixa tensão (127V, 220V, 380V ou 440V), fora dos horários de pico e com média mensal de consumo a partir de 500 kWh.
Em entrevista ao Correio, Ezion Geber, executivo de relacionamento com o cliente da Celpa, dá detalhes sobre a nova medida e como ela pode impactar no orçamento do usuário. “Primeiro, nós temos que entender que a tarifa branca pode ser benéfica para aqueles consumidores que tem controle e disciplina no consumo de energia em determinado horário”, alerta.
Segundo ele, a taxa em questão possui condicionantes para ser aplicada e requer atenção do cliente para certos detalhes. “É necessário esclarecer que só haverá vantagem se o cliente não tiver ou registrar um consumo bem reduzido, das 17 horas às 22 horas. Então, num período de cinco horas, sendo bem claro, ela não é vantajosa”, explica.
Hoje, a tarifa convencional de energia custa é R$0,59 por um kW/horas, enquanto a branca possui três valores diferentes, conforme o horário de consumo. No horário de ponta, entre 18h30 e 21h29, um kWh equivale a R$1,23; no horário intermediário, das 17h30 as 18h29 e de 21h30 as 22h29, custa R$079; e fora desses períodos ou seja fora do horário de pico, é cobrado a R$0,48. “É preciso observar essas diferenças para avaliar se a taxa é vantajosa ou não. O ideal é que não tivesse consumo nenhum nesses horários de pico, porque se eu consumir nesses períodos, acaba que a vantagem vai se escoar e pode ser mais caro do que se paga normalmente, sem adotar o novo modelo”, esclarece.
Adesão
Quem tiver interesse em aderir à nova modalidade de consumo deve buscar a agência de atendimento da Celpa, onde será feita uma pré-análise do perfil do solicitante e dada orientações sobre a tarifa branca. Se o cliente achar vantajoso, terá que assinar um contrato de adesão e a concessionária de energia vai ter um prazo de 30 dias para executar a mudança, com a instalação de um equipamento de medição diferenciado, que tem a opção de marcar os horários pré-estabelecidos.
“Se o consumidor hoje é atendido em uma CP rede, lá no poste, não tem um padrão convencional, e optar por ter a classificação na tarifa branca, ele vai ter que arcar com os custos de normalização do padrão de energia, de acordo com o que é aplicado na concessionária hoje”, informa, detalhando que a compra da caixa, padrão e poste auxiliar custa, em média, R$ 500.
Ezion ressalta que a nova tarifa pode ser adequada para quem trabalha a noite, tem hábitos noturnos, ou estuda a noite. Ele ainda garante que, quem aderir a nova modalidade e não gostar, pode voltar a usar a tarifa convencional, sem custo. “E a Celpa tem 30 dias para fazer a alteração cadastral”. No entanto, se essa mesma pessoa quiser mudar novamente para a tarifa branca, terá que aguardar até 180 dias. Conforme foi informado, nenhum usuário de Marabá fez a solicitação de mudança até o momento.
Quanto à bandeira tarifária, ele esclarece que continua do mesmo jeito, incidindo sobre a conta de energia. “A bandeira tarifária é independente do tipo de tarifa (convencional ou branca). De qualquer maneira vai ter incidência da bandeira: verde, amarela ou a vermelha com dois patamares”, conclui.
Síntese – Quem tiver interesse em aderir à nova modalidade de consumo deve buscar a agência de atendimento da Celpa, onde será feita uma pré-análise do perfil do solicitante e dada orientações sobre a tarifa branca.
(Nathália Viegas)
Fonte: Correio de Carajás
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