Especialistas apontam motivos pelos quais os alimentos ultraprocessados afetam de forma tão negativa a saúde das pessoas; confira!
Hoje em dia, muitas pessoas tendem a desenvolver hábitos alimentares e de vida mais saudáveis. No entanto, por vezes não é possível evitar o consumo de alimentos ultraprocessados.
E já existem diferentes estudos sobre os riscos dos ultraprocessados para a saúde. Mas, dessa vez, cientistas apontaram uma questão crucial: não há ações concretas para eliminar o consumo desses alimentos.
O artigo que resume as pequisas sobre o tema foi feito por especialistas da Université Sorbonne Paris Nord e da Université Paris Cité. O texto foi publicado pela The BMJ.
QUAIS OS RISCOS DOS ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS?
Segundo o artigo, o consumo frequente de alimentos ultraprocessados está relacionado a diversos problemas de saúde, incluindo distúrbios cardiometabólicos, obesidade, diabete tipo 2 e doenças cardiovasculares.
Mais de 70 estudos mostram que alimentos ultraprocessados estão ligados ao ganho de peso e a doenças cardíacas e metabólicas.
Eles podem conter toxinas, como furanos e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, que apresentam riscos à saúde.
A sua longa vida útil pode resultar na liberação de substâncias das embalagens para o alimento, como os ftalatos, bisfenóis e microplásticos, que podem ter propriedades cancerígenas.
Alimentos ultraprocessados contêm um excesso de aditivos alimentares, alguns dos quais têm efeitos prejudiciais na saúde.
DESAFIOS
Os cientistas também alertam para a dificuldade em diferenciar os alimentos processados da comida natural. Por exemplo, em alguns estudos nutricionais, a composição de várias sopas de vegetais, mesmo que sejam feitas em casa, enlatadas industrialmente ou processadas com aditivos incomuns, é tratada como se fosse a mesma, sem considerar as diferenças na qualidade e nos ingredientes usados.
Assim, a avaliação nutricional pode não levar em conta os efeitos negativos dos ingredientes e processamentos mais complexos encontrados em produtos ultraprocessados. A falta de distinção clara torna difícil para médicos e consumidores fazerem escolhas saudáveis de alimentos não saudáveis.
SUGESTÕES DOS ESPECIALISTAS
Informar o público sobre os riscos dos alimentos ultraprocessados;
Implementar políticas e regulamentos governamentais que promovam alimentos minimamente processados;
Limitar a comercialização de alimentos ultraprocessados;
Educar os consumidores sobre os efeitos prejudiciais desses alimentos;
Realizar pesquisas financiadas publicamente e independentes da indústria alimentar para identificar substâncias específicas que contribuem para os efeitos adversos;
Considerar a possibilidade de rotular alimentos ultraprocessados como produtos que podem causar vício.
Fonte: www.dol.com.br
Divulgar sua notícia, cadastre aqui!