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ESTAMOS EM OBRAS PARA MELHOR SERVI-LO

ESTAMOS EM OBRAS PARA MELHOR SERVI-LO

Tem uma pergunta que sempre me matou um pouco: “Você trabalha com o quê?”. Era uma angustia sem fim responder. Nunca uma única coisa me representou. Responder era tornar-me minúscula.

O tempo foi passando e uma mistureba das grandes foi surgindo na minha jornada profissional, na minha vida. Nunca amarguei “não faço o que gosto”. Sempre fiz o que queria e sempre deixei de fazer quando não fazia mais sentido. Tem um preço? Tem, altíssimo, afirmo sem aspas.

E a recompensa? Todos os dias descubro um montão. Sem a ilusão infantil de achar que fazer o que gosta é só fazer o que gosta. Não. Menos. Bem menos né amiguinho.

Muitas vezes um caminho duro, tortuoso, solitário.

Quando Steve Jobs fala no discurso, em uma universidade em Stanford, sobre ligar os pontos, que um dia ligam-se e tudo faz sentido. Nossa, comigo foi totalmente isso. Citar esse discurso é cafona? Meu coração é brega e cafona, tá tudo bem?!

Esse blá blá blá todo é  pra dizer: já fiquei sem dormir quando ia negociar cachê; já adoeci apenas por ter medo de encarar um conflito; já chorei por conta de relações tóxicas no trabalho; já me afastei pela companhia da psicopatia social solta por aí. Já me fiz de vítima. Já nadei, nadei e morri na praia. Já fiz muito “monstro” em todas as carreiras com retorno zero.

Ps: Monstro em audiovisual é um filme demonstrativo (modelo) do roteiro (que a agência pede pra produtora “gratuitamente”) e promete “se o filme entrar” que a produtora o realizará.

O “monstro” do mundo corporativo são todos os projetos que já realizei na esperança da sonhada promoção. Mas ela não vinha. “O melhor ainda está por vir, confie, na próxima avaliação”.

E em qual lugar alojo a culpa pela minha incompetência? “Pô, aquela tua amiga conseguiu”. Burburinhos.

Até que um dia você descobre o bastidor das avalições. Lembra do dia: “Meu voto é SIM, em nome da Nega Lucimar”. Pois é?!

O discurso é bonito, mas a prática não se alinha a realidade uma, duas, três vezes e aprendi isso na marra.

Obviamente que meu medo de apresentar meus pensamentos ousados ajudaram para amargar alguns resultados medíocres.

Afinal a culpa não é só do chefe (risos).

Até hoje é muito fácil me persuadir para a compra de algo. Confio que aquilo vai dar muito certo. Até que, não é beeeem assim. Isso aos 40. Imagine aos 24 anos?!

Escolhi incluir o mercado do desenvolvimento pessoal na minha carreira tem um bom tempo. E nesse caminho foram muitas dúvidas.

O discurso de ter de me definir continuou (continua) me assombrando.

É para inovar, mas dentro do script (risos).

O tempo foi passando e fui me aliando aos jovens profissionais – apesar da maioria das pessoas que atendo ser da faixa acima dos 35 anos.

O que faz sentido pra mim é contribuir que mais pessoas alinhem a vida pessoal e profissional com prazer, felicidade e equilíbrio.

“Significa dizer que você tem muito prazer, felicidade e equilíbrio?”. Também. Mas sinto tristeza, melancolia, dúvidas, muitas dúvidas, conflitos internos. Normal. Viver requer o convívio com esses sentimentos. Daí o motivo de ter um mentor que me apoie. Ter feito meu processo de Coaching; me abraçar com a  parceria de um grupo incrível que me apoia e eu os apoio (Tríade de Impacto).

Ter tantos amigos em volta me protegendo (sim me protegendo).

Minha família numa retaguarda incansável.

Hoje desfruto de uma versão uaaaau. Me sinto assim. E busco todos os dias algo melhor. Mais prática. Mais aprendizado.

Esse texto surgiu pela minha imensa felicidade.

Uma cliente dividiu comigo suas conquistas e hoje foi um dia especial pra ela. Foi uma super conquista.

Versão ok deletada. Versão uau em modo on verde limão piscando. Próximo!

Aí passou um filme gigante na minha cabeça. Longa metragem (risos).

O que me trouxe até aqui também foram os medos, os choros, o frio na barriga, a aflição, a tristeza, o conflito, uma briga gigante que tive com uma colega de trabalho em 2010 (eu explodi), meus erros (vixi isso é capítulo a parte).

Não fique angustiado se você está vivendo com tantas duvidas e remoendo um bocado de incertezas.

Caso você permita elas surgem como esteira rolante e vão te levar pra um lugar incrível.

Mas só se você quiser, quiser muito e lutar por isso.

Não fique com raiva do sofrimento ele faz parte. Caso contrário, teríamos um controle remoto com o botão “sofrimento” desativado. Não temos.

Aceitação pode ser um passo largo na direção que desejas.

Não deixe a vida ir para “Estamos em obras para melhor servi-lo” ou “A sua ligação é muito importante para nós, aguarde”.

A obra nunca acaba e a ligação cai.

Una-se a pessoas realizadoras.

Confie plenamente em você.

Um abraço apertado.

Anete Pitão

Coach e Jornalista

Idealizadora do programa Geração de Impacto

Criadora do Studio Jovem

Fonte: Studio Jovem - Anete Pitão



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