Mark Zuckerberg é o presidente do Facebook
Uma falha de segurança afetou 50 milhões de usuários do Facebook, disse a rede social nesta sexta-feira, 28. Segundo o Facebook, o problema aconteceu devido a uma vulnerabilidade do código da plataforma. Até agora, a empresa ainda não divulgou como os usuários poderão checar se foram invadidos.
Por meio de uma nota, o Facebook disse que descobriu na última terça-feira que invasores estavam se apropriando de uma falha no código da própria plataforma, que permitia que hackers assumissem as contas dos usuários. A rede social tem hoje mais de 2 bilhões de usuários ativos mensais.
“Não sabemos se alguma das contas foi realmente mal utilizada”, disse o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg em entrevista aos jornalistas americanos. “Mas é claro que isso pode mudar”.
Mais de 90 milhões de usuários do Facebook foram forçados a deslogar de suas contas na manhã de hoje, uma medida de segurança comum para contas comprometidas.
A empresa, que está nos estágios iniciais de suas investigações, disse que ainda não sabe a origem e a identidade dos atacantes, mas que já corrigiu o problema e notificou a polícia.
As ações da rede social operavam em queda de até 3% no início da tarde desta sexta.
Preocupação. O vazamento acontece seis meses depois que veio à tona a comprovação de que dados de 87 milhões de usuários do Facebook foram usados ilegalmente pela consultora política Cambridge Analytica. À época, as informações também foram vazadas devido a uma abertura no código da rede social, que permitia aos desenvolvedores o acesso ilimitado de dados de usuários.
Mesmo antes da divulgação do novo escândalo, o Facebook já enfrenta investigações federais sobre as práticas mais amplas de compartilhamento de dados e privacidade da empresa. A Securities and Exchange Commission (SEC), órgão que investiga empresas de capital aberto nos Estados Unidos, abriu uma investigação sobre as declarações do Facebook no caso Cambridge Analytica.
Desde então, o Facebook tem sofrido consequências devido a falta de cuidado com a segurança de sua plataforma. A rede social está enfrentando uma grave ameaça de regulamentação nos Estados Unidos ao passo que sofre pressão de países do bloco da União Europeia, Brasil e do Estado americano da Califórnia, que limitam o uso de dados sensíveis de usuários, hoje usado pela empresa como fonte de informação para direcionamento de publicidade.
Fonte: Estadão
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