Na tarde do último domingo (14), enquanto milhões de brasileiros comemoravam o Dia das Mães, uma família de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (RMR), passou mal após o almoçar.
Segundo familiares, o ex-namorado de uma das vítimas, conhecido por Kiko, é o principal suspeito de ter cometido o crime. Ele, inclusive, já tem passagem na polícia em 2013 por receptação de mercadoria roubada e teria ameaçado a jovem após o rompimento amoroso. Kiko namorou com Débora Regina Belo Soares, de 20 anos e teria ido à casa da vítima para envenenar o almoço do Dia das Mães, preparado pela própria Débora no sábado. A suspeita é de que tenha posto veneno em um tempero.
Débora, por sinal, teria passado mal ainda no sábado, mas os familiares não desconfiaram que fosse por causa da comida. Somente neste domingo, após toda a família comer o almoço, é que a suspeita aumentou. Ainda mais porque nos últimos dias Kiko estaria rondando a casa da ex-namorada buscando se vingar.
Vítimas
Neste domingo (14), após almoçarem, os nove membros da família foram socorridos. O único a morrer foi o gato da família, que também comeu do mesmo prato.
Dos nove familiares, o caso mais grave é o da ex-namorada, Débora Regina Belo Soares. Ela encontra-se na emergência do Hospital da Restauração. As demais vítimas são: Talison Gomes Soares, Valquilene Maria Soares, Nilsa Maria da Silva, Augusto Francisco Soares e Regivaldo Francisco Soares. Todos eles foram inicialmente encaminhados à Upa da Caxangá, na Zona Oeste do Recife. No fim da noite, Talison foi transferido para a emergência do Hospital Nossa Senhora do Ó, no bairro do Janga, em Paulista (RMR). De acordo com informações de um familiar, ele respondia bem ao tratamento.
Já Vilma Maria Soares, José Edson Soares da Silva e Gleice Kelly Soares foram para a Upa dos Torrões. Como esses três não apresentaram quadro de envenenamento, o delegado que investiga o caso não os considera como vítimas. Eles foram medicados e a expectativa é que fossem liberados após um período em observação.
Provas
No fim da noite do domingo, o Instituto de Criminalística da Polícia Civil foi ao local para recolher provas do crime. Segundo informações do repórter Edson Araújo, da TV Jornal, que esteve no local, os peritos recolheram um lençol, feijão, a galinha do almoço e o colorau usado para temperar. Além disso, os vômitos do gato, que morreu, e de duas pessoas também foram recolhidos.
Segundo o delegado Adyr Almeida, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), os resultado dos exames no material apreendido devem sair em até 30 dias. O delegado disse estar considerando a hipótese de envenenamento, mas só deverá se pronunciar após os exames.
(Com informações do Jornal do Commercio)
Fonte: DOL - Diário Online
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