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Fotógrafo morre de frio após cair na rua e ser ignorado por pedestres por 9 horas

O suíço René Robert, fotógrafo conhecido pelos retratos de algumas das estrelas de flamenco mais famosas da Espanha, morreu de hipotermia no último mês depois de escorregar e cair no chão durante uma de suas caminhadas no bairro onde mora e passar nove horas no chão a espera de ajuda.

Na última quinta-feira, 27, o jornalista Michel Mompontet fez numa série de publicações em uma rede social onde contou que Robert sofreu a queda no dia 19 de janeiro por volta das 21h após sofrer uma tontura e que “Incapaz de se levantar, ficou enraizado no local, no frio, por nove horas, até que um sem-teto chamou os serviços de emergência. Muito tarde. Ele tinha hipotermia e não conseguia se agarrar à vida. Ao longo dessas nove horas, nenhum transeunte parou para verificar por que esse homem estava deitado na calçada. Nenhum”, lamentou o amigo do fotógrafo.

Robert ficou famoso ao fotografar lendas do flamenco em preto e branco, incluindo Camarón de la Isla e Paco de Lucía. O bairro onde ele vivia e acabou morrendo é agitado e possui diversos restaurantes, cafés, além de muitos turistas. Porém, o homem era acostumado a fazer passeios noturnos e após a queda, as 21h, só foi levado ao hospital às 6h do dia seguinte, já sem vida.

Em entrevista à TV, o amigo do fotógrafo declarou que ele foi “morto por indiferença” e que ele próprio não tem 100% de certeza de que não se afastaria de um sem-teto deitado em uma porta. De acordo com associações que prestam assistência a grupos de sem-teto, aproximadamente 600 pessoas morrem nas ruas da França em condições semelhantes as do fotógrafo todos os anos e o episódio envolvendo Robert provocou um debate sobre responsabilidade cívica e decência humana no país.

Fonte: romanews.com



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