Badalado

Notícias

Funcionários do Consulado Português são suspeitos de cobrar 300 euros para fraudar emissão de documentos

De acordo com investigações, a fraude redirecionava o agendamento, que seria de graça, para empresas de intermediários. Nesta terça-feira (7), cinco mandados de busca foram cumpridos pela polícia de Portugal com o apoio da Interpol.

Investigações da Polícia Judiciária de Portugal com o apoio da Polícia Federal, descobriram que funcionários do Consulado de Portugal no RJ cobravam até 300 euros, algo em torno de R$ 1.500, de acordo com a cotação desta terça-feira (7), para “furar” a fila e obter documentos de cidadania portuguesa.

Os serviços são gratuitos e sem a utilização de despachantes.

Nesta terça, os policiais lotados no Núcleo de Cooperação Internacional do Rio de Janeiro (NCI/INTERPOL/PF) coordena as ações da Polícia Federal em solo brasileiro em parceria com autoridades de Portugal, cumpriram cinco mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e na cidade de Saquarema, na Região dos Lagos.

Os agentes apuram o agendamento ilícito de vagas para a prática de atos consulares, além dos crimes de corrupção, concussão, peculato e falsificação de documentos por funcionários do Consulado Geral de Portugal na capital fluminense, em conluio com requerentes de vistos e nacionalidade portuguesa.

Os agentes investigam se o esquema teria sido utilizado até por traficantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) para viajar para o país europeu. Dados de inteligência de Portugal apontam que no país europeu tenha, atualmente, cerca de mil integrantes da facção paulista.

De acordo com investigações, o esquema montado pelos funcionários consulares redirecionavam no site do consulado o agendamento de documentação para empresas intermediárias.

Ou seja, “furavam” a fila e o agendamento. Após a operação desta terça, o Consulado de Portugal no RJ publicou em sua página na internet uma mensagem alertando que a entidade não trabalha com despachantes e que o serviço é gratuito:

O Consulado-Geral reitera aos utentes que não possui qualquer relacionamento com despachantes e facilitadores, e desaconselha veementemente a utilização deste tipo de serviços intermediários. Jamais deve pagar a terceiros para intermediar assuntos com o Consulado. Vários agendamentos já foram cancelados por essa prática nada ética. Esse tipo de serviço somente existe por que há quem pague. Se não houver quem pague, tais escritórios deixam de tentar “sequestrar” todas as vagas e com isso haverá vagas para todos. Se receber alguma oferta de vagas, DENUNCIE.

O nome da operação é Agendródomo, em referência às ilicitudes investigadas no agendamento das vagas.

Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal brasileira.

O Núcleo de Cooperação Internacional do Rio de Janeiro (NCI/INTERPOL/PF) coordena as ações da Polícia Federal em solo brasileiro, por meio de cooperação jurídica internacional com as autoridades portuguesas.

 

Fonte: www.g1.globo.com



Divulgar sua notícia, cadastre aqui!






>