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‘Gaiola das Loucas’: Atirador se apresenta para a polícia em Marabá

No início da tarde ontem (2), Gabriel Henrique Cotta Palhares de Miranda, suspeito de descarregar uma pistola automática, para o alto, no início da noite de terça-feira (25), durante o desfile do Bloco de CarnavalGaiola das Loucas, na praça do Novo Horizonte, em Marabá, apresentou-se, acompanhado de um advogado, na 21ª Seccional de Polícia Civil, para apresentar sua versão sobre os motivos que o levaram a ‘atirar para cima’ no meio da multidão.

Desde a noite da terça-feira de carnaval (25), a diretoria Bloco de Carnaval Gaiola das Loucas, Polícia Civil, testemunhas e foliões juntaram esforços para identificar o autor dos tiros. “Frequento o Arrastão do Gaiola das Locas, há 18 anos e nunca ouvi falar em tiros durante o evento. Por esse motivo, me senti na obrigação de contribuir com as autoridades para identificar o suspeito. Fiz o meu papel de cidadão que gosta de brincar o carnaval sem violência”, relatou Egberto Madureira.

Portal Debate Carajás conversou com o delegado Vinícius Cardoso sobre a apresentação de Gabriel Cotta. O titular da 21ª Seccional de Polícia Civil esclareceu que o suspeito se apresentou após o almoço para o delegado Willian Crispim, responsável pelo caso. “Ele irá responder, em liberdade, pelos crimes de disparo de arma de fogo em via pública e porte ilegal de arma de fogo“, afirmou.

Vinícius Cardoso disse também que desde a ocorrência dos disparos, a Polícia Civil identificou e começou as buscas por Gabriel Cotta. No entanto, como ele manifestou desejo de se apresentar de maneira espontânea, não foi pedida, em princípio, a prisão preventiva dele. O suspeito não pagou fiança porque não foi preso em flagrante delito, mas ele deverá enfrentar uma dose um pouco elevada de ‘dores de cabeça’ no final do processo.

Segundo a diretoria do Gaiola das Loucas, Gabriel é uma pessoa do bem e bastante conhecida em Marabá, porém, ao disparar sua pistola no meio de milhares de pessoas, ele tomou uma atitude tresloucada e sem razoabilidade que poderia ter ceifado a vida de um inocente, por isso deverá pagar pela sua atitude desmedida. “Que o desfecho desse fato lamentável sirva de exemplo para quem sai de casa para brincar carnaval armado”, argumentou um integrante da diretoria.

Há 35 anos, o Bloco Gaiola das Loucas leva alegria, liberdade e irreverência para as ruas de Marabá. Durante mais de três décadas, nunca houve esfaqueamento, tiros nem homicídios nos desfiles da terça-feira de carnaval dentro do circuito. Talvez essa imagem de carnaval sem violência tenha juntado tanta gente, contribuindo para a Polícia Civil identificar Gabriel Cotta. Ao final das investigações, o inquérito policial será enviado ao Ministério Público que vai analisar os autos e se pronunciar sobre o possível indiciamento do suspeito.

Fonte: Debate Carajás



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