A alta acumulada no preço do litro da gasolina já alcançou um percentual de 51% devido aos reajustes autorizados pela Petrobras desde o início do ano. Na capital paraense, o belenense está pagando quase R$ 6,00 pelo litro da gasolina comum nas bombas de alguns postos de combustíveis. De acordo com pesquisas efetuadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) ao longo das últimas quatro semanas, houve um aumento considerável no preço do produto.
No Pará, o valor mais alto encontrado pela Agência foi em Parauapebas, cujo litro chega a ser cobrado por até R$ 6,699. Em 11 deste mês, a Petrobras autorizou o reajuste de 3,3% nas refinarias, o que corresponde a 13ª alteração no preço desde janeiro. Em contrapartida, no início de agosto do ano passado, o motorista pagava um preço médio de R$ 4,268 por litro, com menor preço a R$ 4,050 e o maior R$ 4,050. No mesmo período em 2019, o preço do litro oscilava entre R$ 4,150 e R$ 4,699 nos postos da capital.
O DIÁRIO percorreu alguns postos situados em Belém e, entre os locais pesquisados, o menor preço cobrado pelo litro da gasolina comum foi encontrado no posto Iccar, na travessa Mauriti com a rua Antônio Everdosa, onde o produto custa R$ 5,71 no pagamento em dinheiro. O valor mais caro foi verificado no posto Ipiranga, na Pedro Álvares Cabral, onde o litro da gasolina comum custa R$ 5,99 (dinheiro ou débito). Já no posto Petrobras na Duque de Caxias, esquina com a Dr. Freitas, o valor da gasolina comum é de R$ 5,98 (dinheiro e débito). No posto Petrobras da Júlio César a comum está custando o mesmo valor, sendo que a gasolina aditivada está R$ 6,29 (dinheiro, débito e crédito).
Quem utiliza o veículo próprio, seja para se locomover ou para trabalhar, está tendo de destinar boa parte do recurso que ganha para arcar com as despesas do combustível. Mesmo pesquisando e procurando uma gasolina comum mais em conta, o empreendedor Yago Azevedo, 25 anos, ainda gasta uma média de R$ 400 para manter o veículo abastecido, já que também é seu instrumento de trabalho.
“Comercializo acessórios de celular e faço entrega com delivery. Mas está pesando bastante, porque antes eu passava a taxa de entrega ao cliente e eles pagavam. Mas agora, como a gasolina aumentou muito, eles não aceitam mais. Se eu for passar tudo para o cliente não vendo. Já coloco a mercadoria no menor preço para não impactar. E não foi só a gasolina que aumentou, a revisão, troca de óleo, tudo aumentou”.
A militar Aline Moraes, 35, desembolsa R$ 800 para custear o gasto com gasolina todos os meses. Para ela, o veículo é uma necessidade, seja para se locomover com a família e, também, para ir e vir de seu trabalho. “Moro no Curió e trabalho no Ver-o-Peso. Vou e volto do trabalho de carro todos os dias. Sempre abasteço nesse posto (na Pedreira). É essencial o carro para mim, então acabo gastando esse valor todo mês”, afirmou.
Trabalhando como motorista por aplicativo há um mês, Gleyson dos Santos, 31, viu a despesa com combustível dar um salto gigante de um mês para o outro. Ele foi demitido da empresa onde atuava como eletricista e, nessa época, desembolsava cerca de R$ 500 por mês para abastecer o seu veículo. Agora ele gasta cerca de R$ 3 mil para poder trabalhar no carro. “Como agora uso o carro para sustentar a minha família, gasto R$ 3 mil todo mês. Rodo 12 horas direto, todos os dias. Ainda tem a manutenção, pneus. Está muito pesado. Costumo pesquisar locais mais em conta. Mas hoje parei logo no primeiro por emergência”, relatou.
Fonte: dol.com.br
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