O governador do Pará Helder Barbalho fez o lançamento do programa de Bioeconomia do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal do Brasil, em Sharm el-Sheikh, no Egito, nesta segunda-feira (14). O governador paraense assume o cargo de presidente do Consórcio a partir de 2023.
Helder Barbalho apresentou o programa de desenvolvimento sustentável com base em três pilares: fiscalização, regularização fundiária e sustentabilidade. Segundo o governador, é fundamental que os três temas agem com consonância para que os anseios econômicos e sustentáveis sejam alcançados, recolocando o Brasil como agente principal das pautas ambientais e desenvolvimentistas com responsabilidade ambiental.
Para o Consórcio, as valências econômicas dos estados participantes precisam ser potencializadas, como o agronegócio e a pecuária, mas sem danos ambientais progressivos com a redução das áreas verdes já preservadas, principalmente das áreas protegidas.
“Eu vivo num estado que tenho de área antropizada, de área mexida. Um território que significa três vezes o estado do Paraná. E o Paraná produz dez vezes mais que o estado Pará. Eu preciso avançar sobre a floresta para ser protagonista nas vocações que já estão consolidadas no Pará? Que geram emprego no estado? Não. Eu preciso sair da lógica da ostensividade para a intensividade, pra produzir mais com aquilo que já está antropizado, que já está consolidado. Com isso eu faço a conciliação”, explicou.
Durante a o painel de discussão sobre financiamento à Amazônia, Helder Barbalho reforçou também a importância da consolidação dos compromissos com a bioeconomia, da colaboração dos estados brasileiros da Amazônia legal na redução da emissão de gases, para que seja possível captar recursos para o desenvolvimento da região com crédito carbono.
“Hoje uma floresta em pé tem10% do preço de mercado de uma área de lavoura. Nós precisamos portanto garantir com que a floresta em pé seja um composto do portfólio da propriedade rural. E aí nós estamos discutindo o crédito de carbono, nós estamos discutindo biodiversidade e consequentemente visam a economia. Nós vamos discutir serviços agroflorestais, sistemas agroflorestais de conciliação floresta, lavoura e pecuária’, destacou;
Fonte: g1.globo.com
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