Assessoria do artista diz objetos foram arremessados no cantor, que pediu que os seguranças o retirassem da casa noturna em Campinas.
Gustavo de Queiroz, homem apontado pela polícia como responsável pelos disparos na saída de uma balada no bairro Cambuí, em Campinas (SP), foi expulso do local após uma confusão com o cantor MC Daniel, atração da noite. No local, um professor morreu baleado e duas jovens ficaram feridas.
Em entrevista exclusiva à EPTV nesta segunda-feira (20), as jovens, internadas em um hospital de Campinas, afirmaram que viram a confusão com o artista, mas não tinham certeza se o expulso da balada era o criminoso. O gerente da casa noturna, no entanto, confirmou que é a mesma pessoa.
Na versão do responsável pela balada na noite desta segunda-feira (20), o criminoso tentou subir no palco, mas foi contido pelos seguranças e expulso do local.
A assessoria de MC Daniel disse que objetos foram arremessados no cantor por um homem e que, por isso, o artista pediu que a segurança o retirasse do local.
Na entrevista à EPTV, as duas jovens baleadas na saída da balada disseram que a equipe de segurança da casa noturna checou a comanda delas e dos homens que as estavam socorrendo antes de liberar a saída.
Uma das baleadas relatou que três meninos foram ajudar as duas, que começaram a passar mal por conta da dor e do sangue, e então o gerente pediu para a segurança checar as comandas.
Além dos meninos, a jovem relatou que a equipe da balada checou a comanda dela e da amiga baleada antes de liberar a saída delas.
A outra vítima baleada confirmou à EPTV que a segurança insistiu em conferir se elas haviam feito o pagamento da comanda, mesmo após baleadas.
À EPTV, o gerente da casa noturna Milk Club admitiu por telefone que a equipe de segurança conferiu a comanda dos envolvidos, chamou a atitude de “despreparo” e afirmou que responsável já foi dispensado.
“Houve um despreparo da segurança ter falado que tinha que pagar a comanda dela. Teve esse despreparo do segurança. Ele foi até dispensado, porque isso é um absurdo, a pessoa estar baleada e ele se preocupar com a comanda da pessoa”.
O crime aconteceu na madrugada de sexta-feira (17) para sábado (18). Disparos foram feitos em frente da casa noturna, que fica no Cambuí, bairro nobre de Campinas. O professor Wellington Fernando Aparecido Mariano, de 26 anos, morreu e duas jovens ficaram feridas.
A Guarda Municipal de Campinas (SP) localizou e apreendeu o carro prata utilizado pelo atirador ainda no sábado. O homem apontado como motorista do veículo, André Cruz, foi preso e Gustavo de Queiroz, apontado como o atirador, segue desaparecido e é procurado pela polícia.
Segundo o depoimento do suspeito preso, ele e o amigo arrumaram uma confusão na boate e foram expulsos. Ele completou que os dois foram agredidos por funcionários da casa noturna. Então, resolveram pegar a arma e voltar ao local.
O suspeito preso afirmou que estava com a pistola calibre 9 mm há cinco dias e deixou escondida em um mato. Ao serem expulsos, os dois buscaram a arma e voltaram para a balada.
O preso contou que ficou na direção do carro e o amigo efetuou os disparos sem nem descer. Em seguida, eles fugiram e o autor dos disparos ficou com o carro e a arma.
Segundo o boletim de ocorrência, o gerente da boate, chamada Milk, afirmou que a briga ocorreu no caixa do bar, quando o suspeito de ter disparado foi pagar a conta.
A empresa emitiu uma nota na noite de domingo (19) em que diz condenar o ocorrido, se compadece com os familiares e que está à disposição das autoridades para auxiliar no esclarecimento do crime.
Fonte: www.g1.globo.com
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