O Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, acelerou para 0,64% no mês de setembro, após fechar agosto com 0,24%. Segundo os dados, a taxa referente ao mês de setembro é a maior desde de 2003, quando o indicador atingiu 0,78%.
A inflação foi impulsionada pela alta de preços dos alimentos e combustíveis.
No ano, a inflação acumula alta de 1,34% e, em 12 meses, de 3,14%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 9, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e destaca as famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos.
Óleo de soja e arroz disparam
Alimentação e bebidas teve alta de 2,28% em setembro e teve maior impacto (0,46 ponto percentual) sobre o IPCA, seguido do avanço nos preços dos alimentos para consumo em domicílio (2,89%).
As maiores altas no mês passado foram do óleo de soja (27,54%) e do arroz (17,98%), que já acumulam no ano altas de 51,3% e 40,69%. Juntos, arroz e óleo de soja (0,16 p.p) tiveram impacto maior que as carnes (0,12 p.p), cuja variação foi de 4,53%.
O câmbio num patamar mais elevado estimula as exportações. Quanto mais se exporta, mais reduz os produtos para o mercado doméstico e, sendo assim, temos alta nos preços.
Outros produtos que subiram na cesta das famílias foram o tomate (11,72%) e o leite longa vida (6,01%). Por outro lado, caíram os preços da cebola (-11,8%), da batata inglesa (-6,3%), do alho (-4,54%) e das frutas (-1,59%).
Moradia, transportes e vestuário mais caros
Além de alimentos e bebidas, outros seis grupos tiveram alta em setembro. Destaque para os artigos de residência (1%), os transportes (0,7%) e habitação (0,37%). Itens de vestuário, após quatro meses consecutivos de quedas, também apresentaram alta de 0,37%.
Os combustíveis continuam em alta, principalmente, a gasolina (1,95%). A gasolina é o subitem de maior peso no IPCA. As passagens aéreas (6,39%) também aumentaram após quatro meses em queda.
Planos de saúde
Entre os grupos que tiveram redução de 2,31% nos planos de saúde. Em agosto a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu suspender a aplicação de reajustes aos contratos de planos de saúde para todos os tipos de planos até o fim de 2020.
Os demais grupos ficaram entre o recuo de 0,09% em educação e a alta de 0,15% em comunicação.
Fonte: UOL
Fonte: romanews.com
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