O Ministério Público do Pará (MPPA) instaurou procedimento para apurar os crimes praticados por uma assistente social presa acusada de corrupção, falsificação de medicamentos, documentação falsa e posse irregular de arma de fogo em Jacundá, sudeste do estado. O promotor apura a possibilidade de envolvimento de outros agentes públicos nos crimes.
De acordo com o MPPA, a servidora temporária atuava como assistente social no Hospital Municipal de Jacundá. A servidora foi presa em flagrante durante a operação ‘Comerciante do Alheio’ da Polícia Civil, no dia 2 de junho. A suspeita é de que a profissional estaria desviando medicamentos e cobrando por serviços fornecidos gratuitamente pela prefeitura do município. Na casa da suspeita, foram apreendidos medicamentos, prontuários, receitas médicas e uma caixa de munição com 13 cartuchos intactos.
Segundo a Polícia Civil, a mulher cobrava valores dos pacientes com suspeita de Covid-19 para realizar a transferência do enfermo para hospitais regionais nos municípios de Marabá e Tucuruí e também para um suposto “acompanhamento especial” do paciente no hospital.
No momento da apreensão da suspeita, ela apresentou a carteira de identificação de outra assistente social, com registro no estado do Maranhão. O MPPA determinou que a prefeitura de Jacundá informe a ficha funcional da acusada, os documentos apresentados na ficha de admissão, além de contrato de trabalho ou portaria de nomeação da servidora. O promotor do caso requisitou ainda a portaria de exoneração da servidora, com todos os contracheques referentes ao período de trabalho no hospital.
A Polícia Civil informou que não foi comprovada a origem dos medicamentos encontrados na residência da assistente e por isso ainda não foi descartada a possibilidade de serem propriedade do município. Caso confirmado que os remédios são do hospital municipal, a servidora pode ser acusada de improbidade administrativa e conduta improba de enriquecimento ilícito.
Ainda segundo o MPPA, a Prefeitura de Jacundá não deu mais informações sobre a rescisão do contrato de trabalho da suspeita. Antes do cumprimento da medida de busca e apreensão, a assistente tinha sido recontratada pelo município. (g1.com)
Fonte: correiodecarajas.com.br
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