Além dos registros jogando Fortnite, o atleta e estudante teve que apresentar boas notas no ensino médio, cartas de recomendação de professores, atividades extracurriculares e redações. Também teve que realizar um teste de inglês e uma entrevista, onde foi questionado sobre a sua experiência acadêmica e em campeonatos do jogo. Ele foi aprovado com bolsas de 50% a 75% nas 28 universidades que tentou.
“Foi incrível conquistar uma coisa que sonhei a vida inteira. Fiquei muito emocionado. A cada aprovação que eu recebia me estabilizava cada vez mais”, conta.
Depois de concluir o ensino médio em escolas públicas, Matheus conta que descobriu diversas oportunidades acadêmicas, que não tinha conhecimento antes. “A minha percepção de vida mudou, juntamente com a minha crescente paixão pelo e-sports”, disse.
Matheus se tornou membro de projetos que envolviam estudos e inglês. Em 2021, quando começou a entrar em contato com as universidades, participou do desenvolvimento de um aplicativo futurístico em um programa virtual americano.
No final do mesmo ano foi aprovado no Global Citizen Year Academy [programa virtual de liderança para jovens que buscam mudanças no mundo], que, de acordo com Matheus, possui uma taxa de aceitação de apenas 25% e, por isso não pôde participar, porque teria que arcar com o restante.
“Depois de todo meu desenvolvimento em extracurriculares eu senti que eu tinha outras habilidades, além do lado acadêmico. Precisava de algo que combinasse mais com o meu perfil”. Foi quando ele descobriu sobre os e-sports em universidades americanas.
Matheus contou que joga Fortnite de três a quatro horas por dia, mas não joga muitos campeonatos pois o seu “computador já está um pouco velho”. Além disso, continua treinando o inglês todos os dias.
Ele acrescenta ainda que na Oklahoma Christian University há diversos computadores de alta performance e, com isso, planeja fazer lives jogando Fortnite. Mas acredita que, no início, será mais difícil de conciliar os estudos e os treinos.
Entretanto, a bolsa de 75% no valor do curso não garante a ida de Matheus ao Estados Unidos. Como as aulas começam no dia 1º de agosto, ele tem até 28 de julho para juntar US$ 16.503, o que equivale a quase R$ 85 mil, quantia que garante o restante do valor do curso, além de moradia, alimentação, plano de saúde e o visto de estudante.
Por este motivo, ele criou a campanha “Matheus nos EUA” nas redes sociais, com o objetivo de arrecadar fundos para realizar o sonho de morar nos Estados Unidos.