Badalado

Notícias

Laudo da PF aponta que estudante de medicina realizou prova do Enem no lugar do irmão, no PA

Um laudo produzido pela Polícia Federal indicou fortes evidências de que foi Eliesio Bastos Ataide quem realizou a prova do Enem 2022 no lugar do irmão, em Marabá, no sudeste do Pará. A perícia analisou as assinaturas no cartão resposta e na lista de presença, além de outros documentos.

Os irmãos Eliesio e Eduardo Bastos Ataíde são investigados por suspeitas de fraude no Exame Nacional do Ensino Médio e foram indiciados pelos crimes de uso de documento falso, falsidade ideológica e estelionato.

g1 tentou contato com a defesa na noite desta terça-feira (11), mas não havia obtido retorno até a atualização mais recente desta reportagem.

A perícia comparou as assinaturas de Eduardo Bastos Ataíde no Enem 2019 e 2022 e as análises apontam que as assinaturas não foram produzidas pela mesma pessoa –

Foram realizadas também análises da assinatura, supostamente de Eduardo Bastos Ataíde, com a assinatura do irmão, Eliesio Bastos Ataide. O laudo concluiu que as assinaturas em nome de Eduardo não são autênticas.

O inquérito foi enviado ao Ministério Público Federal (MPF), que analisará se oferece ou não a denúncia à Justiça Federal.

O jovem Eliésio Ataide, de 25 anos, foi o beneficiado com a aprovação em 2022, segundo a Polícia Federal.

A primeira fase da operação ‘Passe Livre’, que investiga fraudes no Enem, foi realizada em fevereiro de 2024. Com o esquema, candidatos que não teriam feito as provas do Exame Nacional do Ensino Médio conseguiram ser aprovados em universidades públicas.

‘Passe Livre’

 

Na primeira fase operação foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, mas ninguém havia sido preso.

Já na segunda fase, um dos três investigados chegou a ser preso preventivamente, sendo colocado em liberdade provisória mais tarde, tendo em vista oferecimento e recebimento da denúncia pela Justiça Federal.

Se confirmada a hipótese criminal os suspeitos poderão responder pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso, estelionato com causa de aumento de pena, entre outros, segundo a PF.

Como tudo iniciou?

A Polícia Federal começou a analisar os alvos após denúncias anônimas. André chegou a publicar nas redes sociais que teria feito a prova do Enem para amigos.

Um dos suspeitos, aprovado em medicina, no momento de realização da prova do Enem de 2023, publicou alguns comentários, coincidindo com o mesmo horário do exame. Os textos foram compartilhados por uma ex-namorada de um dos envolvidos, que auxiliou nas investigações da Polícia Federal.

Fonte: www.g1.globo.com



Divulgar sua notícia, cadastre aqui!






>