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Lei proíbe uso de cerol em linhas de empinar pipas no Pará

Além de oferecer risco a pedestres e, principalmente condutores de moto e ciclistas, os acidentes por pipas causam interrupções de energia.

Neste mês o uso, armazenamento, fabricação e venda de linhas com cerol estão proibidos no Pará. A proibição foi publicada na edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE), da última sexta-feira (27), por meio da lei nº 9.597, de 20 de maio de 2022, sancionada pelo governador Helder Barbalho. Com a aproximação do mês das férias, a medida chegou em boa hora, já que nos meses de junho e julho, crianças, jovens e até adultos fazem uso desses materiais na brincadeira de empinar pipas, que além de serem perigosos para pedestres e veículos, também trazem prejuízos ao fornecimento de energia.

No Pará, os números de interrupções de energia motivadas por pipas chegam a somar 2.284 casos, de acordo com levantamento feito pela distribuidora, no período de janeiro a maio deste ano. Somente Belém registrou 311 casos de falta de energia elétrica devido ao uso de pipas, de forma irregular, ou seja, próximo aos fios. Santarém aparece em segundo lugar, com 177 registros. Em outras cidades como Castanhal e Marabá, os números correspondem a 70 e 55, respectivamente.

Diante dos altos números, a Equatorial Pará realiza, ao longo dos anos, um trabalho de orientação para o uso correto dessa brincadeira. Através de palestras educativas, cartilhas informativas e até mesmo um aplicativo voltado para a orientar a maneira correta o uso do brinquedo.

De acordo com o executivo da Área de Segurança, Alex Fernandes, os problemas causados são vários, não só para quem está empinando pipa, mas também para o restante da população. “A interrupção do fornecimento de energia elétrica ocorre por conta das pipas que ficam enroscadas nas redes elétricas podendo provocar desgastes nos fios, e levar a curtos-circuitos em dias úmidos. Além disso, a tentativa de resgatar uma pipa enroscada na fiação, também pode provocar desligamentos no fornecimento além de causar vítimas”, alerta.

Conforme a legislação aprovada pela Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) e sancionada pelo governador, a partir de agora, ficam proibidos o uso, a posse, a fabricação e a comercialização de linhas cortantes compostas de vidro moído conhecidas como cerol, linha chilena e similares, independente da aplicação ou não deste produto nos fios ou linhas utilizadas para empinar ou soltar pipas, papagaios ou similares.

Outras orientações que devem ser seguidas à risca:

– Não solte pipas em canteiros centrais de ruas, avenidas, rodovias ou qualquer lugar onde exista fluxo de veículos;

– Linhas metálicas não devem ser usadas no lugar da linha comum. Nunca use cerol ou a linha “chilena”, elas são proibidas por lei e causam acidentes;

– Não utilize papel alumínio na confecção da pipa. É perigoso, pois este material em contato com os fios provoca curtos-circuitos;

– Caso a pipa enrosque nos fios, é melhor desistir do brinquedo. Tentar recuperá-la representa sério risco, assim como tentar remover a pipa com canos ou bambus;

– Não solte pipa em tempo nublado, principalmente se tiver com chuva. Ela pode funcionar como para-raios, conduzindo energia;

– Não é indicado subir nas lajes das casas para empinar pipa, qualquer distração pode causar uma queda;

– Tenha cuidado com ciclistas e motociclistas, pois as linhas não podem ser vistas e linhas de cerol ou reforçadas podem causar graves acidentes.

Fonte: EQUATORIAL PARÁ



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