Cinco mandados de condução coercitiva e três de busca e apreensão estão sendo cumpridos neste momento pela Polícia Federal em Marabá, em desfavor de lideranças da Associação dos Ribeirinhos Extrativistas do Lago dos Macacos (ARIELMA). A operação ‘Dominadores do Lago em Marabá’ foi deflagrada na manhã desta terça-feira (12) para averiguar a promoção de loteamento ilegal na região entre os municípios de Marabá e Itupiranga.
Conforme as investigações, os envolvidos promoviam a venda de lotes, com a promessa de que posteriormente seriam regularizados pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU). No entanto, nos documentos coletados pela Polícia Federal, há fortes indícios de que a ARIELMA foi fundada apenas para dar aparência de legalidade à luta pelas terras. Em um deles, que tem data de 26 de março de 2013, fica acertada a divisão dos terrenos entre quatro pessoas.
“O presente Termo de Parceria tem por objeto dividir toda a terra requisitada junto ao SPU, Na região do Lago dos Macacos, em quatro partes aqui descritas geograficamente”. No acordo, 30% de toda área requerida seria destinada a José Augusto Alves Rocha, e 70% seria dividida igualmente entre os chamados “parceiros sócios”, que são Helder de Sousa Silva (presidente da associação), Afonso Pereira de Alencar e Antônio dos Reis Oliveira.
A polícia teve acesso também a relatos e depoimentos que informam que os associados não constituem uma comunidade tradicionalmente ribeirinha. Os envolvidos são suspeitos ainda de liderar invasões ao Lago dos Macacos e de desmatar uma área de preservação permanente de natureza federal. A reportagem do Correio de Carajás teve acesso ao vídeo que mostra os estragos feitos por eles no terreno, como a derrubada de árvores e acúmulo de lixo no local.
Dentre os crimes investigados estão: invasão de terras públicas, estelionato e associação criminosa, cuja soma das penas pode chegar a 11 anos de reclusão. (Nathália Viegas com informações de Polícia Federal/Ascom)
Fonte: Correio de Carajás
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