De janeiro para cá – e principalmente nos últimos 30 dias – tem aumentado bastante a procura por armas em Marabá, tanto nas casas de venda autorizadas para isso quanto no posto da Polícia Federal montado na Estação Cidadania (Shopping Pátio Marabá), que atende interessados em oficializar tanto a posse quanto o porte de armas de fogo.
A procura para ter uma arma começou em 15 de janeiro, quando o governo publicou decreto regulamentando a posse de armas de fogo no Brasil (ou seja, o direito de ter uma arma em casa). Depois, em 21 de maio, o governo publicou outro decreto, permitindo o porte de armas (ou seja, dando o direito de o cidadão andar armado, desde que se encaixe no perfil previsto no decreto).
A reportagem do Jornal CORREIO foi até o posto da PF, onde funciona o SINARM – Sistema Nacional de Armas. Lá os agentes federais confirmaram que antes dos decretos presidenciais, uma média de três pessoas por dia procurava a repartição, agora esse número chega a até a 20 pessoas por dia. Detalhe: as pessoas estão indo lá para montar os processos e não apenas para pedir informações. Desse total, algo em torno de 60% busca apenas a posse da arma, o restante busca ter direito ao porte (andar armado).
O jornal também visitou as quatro casas de vendas de armamento em Marabá (três na Cidade Velha e uma na Cidade Nova). Apenas em uma delas o proprietário disse que as pessoas ainda estavam apenas buscando informações. Nas outras três, os comerciantes disseram que muita gente já deu entrada pra valer no processo para aquisição de uma arma de fogo.
Amanda Cristine Amorim, gerente de uma das lojas, disse que a procura está melhorando a cada dia. “A sociedade está querendo se regularizar”, observa, acrescentando que, em relação ao porte de armas, o novo decreto ainda não está devidamente definido pelos órgãos competentes, mas existe uma grande lista de espera na loja dela, que é credenciada, com pelo menos 60 candidatos a portar uma arma de fogo.
Ainda de acordo com Amanda, até o ano passado, no máximo três pessoas por semana procuravam a loja em busca de informações sobre aquisição de arma de fogo, mas hoje este número chega a 20 interessados por semana. O mais interessante é que não existe um perfil específico para quem busca a posse de armas. Pessoas dos mais variados segmentos sociais procuram informações sobre o assunto.
Por outro lado, Leandro Martins dos Santos, funcionário de uma empresa autorizada em venda de armas de fogo, observou que a procura maior ainda é pela posse da arma, principalmente armas de cano longo, enquanto a procura por revólver ou pistolas ainda é pequena.
Ainda de acordo com ele, quando um cliente procura a empresa, eles já encaminham para psicóloga e para instrutor de tiros, a fim de que possam começar todos os procedimentos necessários para adquirir uma arma.
Fonte: Correio de Carajás
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