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Marabaense se queixa de aumento nos preços

Embora economistas tenham estimado redução na inflação para o [início] ano de 2018, a previsão passou de 3,73% para 3,70%, de acordo com o Boletim “Focus”, do Banco Central, o ano começou com alta em alguns grupos de despesas em Marabá. Os custos com automóveis, alimentos e bebidas registraram variação positiva de 0,08%, forçando o consumidor a gastar um pouco mais. Os números divulgados agora fazem parte do boletim informativo do Laboratório de Inflação e Custo de Vida de Marabá (LAINC/MBA) e são referentes ao mês de janeiro. O IPC referente a fevereiro só deve ser divulgado no final do mês de março.

Com base no estudo, quase todos os segmentos apresentaram variação positiva, e muitos marabaenses sentiram no bolso o reflexo da alta. Edvaldo Amaral Freitas, por exemplo, não viu razão para o aumento no custo de vida. “O que a gente gastava no ano passado para montar a cesta básica já não dá. Está muito complicado, porque o salário aumenta muito pouco em comparação com os demais gastos”. Para ele, é preciso que haja um equilíbrio, permitindo que o trabalhador dê conta de arcar com todas as despesas.

Quem também não ficou satisfeita com os reajustes foi Milena de Sousa, que considera desproporcional o aumento da inflação logo no início do ano. “Dentre vários aumentos que podem ser notados, o que tem mais tem efeito no bolso são os da energia e o supermercado”. No entanto, observou que existem maneiras de fugir um pouco dos preços, considerados por ela, abusivos. “Hoje, Marabá conta com grandes mercados, o que traz concorrência e competição de valores. Mesmo que tenha aumentado, a gente consegue encontrar bons preços”.

O pastor Clesival Rodrigues dos Santos também reclamou dos custos com alimentos e energia, adicionando a esta lista também o setor de vestuário. “Nós percebemos que, em termos gerais, o custo de vida ficou mais alto”, declarou, lembrando que o preço do combustível sofreu queda. “Tivemos uma pequena queda na gasolina, o que para a gente já é uma grande vitória”.

A deflação no mês de janeiro, em Marabá, foi registrada apenas no setor de Serviços e Cuidados Pessoais (-0,07%), devido à diminuição nos preços dos produtos de higiene pessoal em relação a dezembro de 2017.

Variações

O aumento de Alimentos e Bebidas, segundo o LAINC, deve-se ao preço do pescado, do pão francês e de alimentos consumidos fora do domicílio, que tiveram, em média, variação de 12%. Já o grupo de Transportes teve alta, em razão das manutenções e revisões que, geralmente, são realizadas no início do ano em automóveis. Além disso, os valores de carros novos também sofreram variação positiva, com relação a dezembro de 2017, em decorrência da renovação de frota.

Outra despesa que onerou o orçamento dos consumidores foi o reajuste de aluguéis, que faz parte do grupo Habitação na pesquisa do Laboratório de Inflação. Em contrapartida, e diferente da visão do consumidor, o valor da taxa de energia elétrica recuou, em comparação ao mês de dezembro, devido à bandeira verde, deixando a inflação deste segmento em 0,01%.

Já a variação de preço no setor de Vestuário chegou a 0,03%, puxada pelo aumento de aproximadamente 10% nos itens roupas e calçados masculinos, enquanto o grupo de Despesas Pessoais teve um acréscimo expressivo, de 0,06%, subindo cinco pontos percentuais com relação a dezembro de 2017. Este quadro deve-se a alta nos valores de serviços de manicure e depilação, que registraram variação média de 16%.

Por fim, o aumento das mensalidades escolares e itens de papelaria também mantive a variação do segmento Educação em alta de 0,01%, em decorrência do início do ano letivo.

SAIBA MAIS – O Laboratório de Inflação e Custo de Vida de Marabá é financiado pela Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Pará (FAPESPA) e está vinculado ao Instituto de Estudos do Desenvolvimento Agrário e Regional (IEDAR), da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).

(Nathália Viegas)

 

 

 

Foto: Arquivo Correio

Fonte: Correio de Carajás



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