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MEC: 56% das crianças do 2° ano do ensino fundamental não estão alfabetizadas

Dados de 2021 apontam que quase 6 em cada 10 crianças do 2° ano do ensino fundamental não estavam alfabetizadas.

O Ministério da Educação (MEC) apresentou, na manhã desta quarta-feira (31/5), os resultados da pesquisa Alfabetiza Brasil: diretrizes para uma política nacional de avaliação da alfabetização de crianças. Os dados coletados servem de alerta: apenas quatro em cada 10 crianças do 2º ano do ensino fundamental estavam alfabetizadas no país em 2021 — 56,4% dos estudantes dessa série não estavam alfabetizados.

O índice servirá de base para sustentar e avaliar a política de alfabetização na idade certa, uma das prioridades do MEC, que deve ser lançada ainda em junho, com investimento inicial de R$ 800 milhões, como o Metrópoles antecipou.

A partir da consulta com os profissionais da educação, foi definido que os alunos alfabetizados conseguem ler pequenos textos formados por períodos curtos e localizam informações na superfície textual, produzindo inferências básicas com base na articulação entre texto verbal e não verbal. Ainda existem desvios ortográficos, e a criança consegue interpretar textos que circulam na vida cotidiana para fins de uma comunicação simples.

Entre o Saeb de 2019 e 2021, o número de crianças não alfabetizadas no fim do segundo ano do ensino fundamental aumentou de 39,7% para 56,4%. “Para nós, essa pesquisa é fundamental e vai garantir o ‘norte’ neste programa que será lançado pelo presidente da República”, disse o ministro da Educação, Camilo Santana.

De acordo com o ministro, a situação precisa ser revertida com urgência. “Isso gera evasão, reprovação, isso gera abandono da escola. Nós temos um Brasil que hoje perde milhões de crianças e jovens ao longo do ensino básico. Nós precisamos fechar a torneira disso. Queremos garantir que não vamos perder nenhuma criança, nenhum jovem na educação básica brasileira. Para isso, é preciso ter uma escola atrativa, uma escola criativa, uma escola acolhedora, é preciso ter política de apoio”, acrescentou Santana.

 

Fonte: metropoles.com



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