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Médicos e especialistas em educação defendem aulas presenciais

Pelo menos 19 estados e o Distrito Federal retomarão as aulas de forma 100% presencial, segundo levantamento da agência CNN. Em Belo Horizonte, as aulas presenciais foram adiadas para o dia 14 de fevereiro.

Em entrevista à CNN, especialistas concordam com a retomada presencial do ensino para o ano letivo de 2022.

“Se houve um aprendizado, nestes dois anos de pandemia, é que em nenhum momento as escolas funcionaram como um grande desencadeador de transmissão desse vírus na comunidade”, explicou o infectologista Marco Aurélio Sáfadi.

Para garantir a segurança no retorno presencial, o médico alertou para a importância do cumprimento das medidas de proteção.

“Privilegiar ambientes ventilados, utilizar as máscaras, e, neste momento, com a Ômicron, quanto mais ajustadas ao rosto mais eficiente será essa medida, higienizar as crianças e a triagem de sintomáticos.”

“A nossa recomendação é que as escolas permaneçam abertas neste momento, que seja reavaliado isso diuturnamente, para que a gente possa se valer das medidas que se fizerem necessárias, de acordo com toda essas variáveis que a gente colocou anteriormente”, avaliou Sáfadi.

“Período longe das escolas causou prejuízo irremediável para crianças”

Os quase dois anos sem aulas presenciais causaram prejuízos irremediáveis para as crianças, desde o âmbito educacional ao neurológico e social, de acordo com o coordenador do Comitê de Infectologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcelo Otsuka.

“Temos que ter todos os cuidados para que as crianças possam voltar, isso inclui a vacina, mas atrasar ainda mais pode ser um prejuízo a mais”, afirmou.

Entre os cuidados citados por Otsuka, está o escalonamento na entrada das crianças nas escolas, higienização, uso de máscaras, barreiras físicas e inquéritos sorológicos, para entender como está a situação epidemiológica.

O pediatra lembra também que se a criança apresentar sintomas gripais ou tiver contato com alguém com sintomas em casa é necessário ficar em isolamento.

Sobre as vacinas em uso no Brasil para crianças entre 5 e 11 anos, a Coronavac e a Pfizer, Ostuka disse que ambas são seguras e se “mostraram extremamente eficazes nessa população”, incentivando os pais a vacinarem seus filhos.

Ações que recuperem aprendizagem são fundamentais, diz especialista

Diante dos prejuízos causados pela pandemia aos alunos, a oficial de educação do Unicef Julia Ribeiro afirmou à CNN que “é fundamental investir em ações que busquem recuperar a aprendizagem. Os estudantes vão voltar às escolas em diferentes níveis de aprendizagem”.

Segundo a especialista, diferentes fatores influenciaram no processo de aprendizagem neste período, como a dificuldade tecnológica para acompanhar aulas remotas e a saúde mental de alunos que perderam entes próximos, por exemplo.

Com o afastamento dos estudantes das escolas, o desempenho escolar de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social foi ainda mais afetado, explicou a oficial de educação.

“No final de 2020, o Brasil já tinha mais de 5 milhões de crianças e adolescentes que estavam sem acesso a educação”, apontou Julia.

Para o que vem pela frente, “é fundamental que neste momento o espaço da escola seja um espaço acolhedor para os estudantes, para os profissionais que lá atuam e para as famílias, porque todos nós vivemos diferentes desafios na pandemia”, defende.

 

Fonte: cnnbrasil.com.br



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