A Polícia Civil investiga a morte de uma menina de sete anos na piscina de um hotel em Balneário Camboriú, no Litoral Norte catarinense, no domingo (16). O cabelo de Rachel Rodrigues Novaes Soares ficou preso no ralo. O local não possuía sistema de segurança para desativar a sucção, como mostrou o Jornal do Almoço desta segunda-feira (17).
O afogamento aconteceu na piscina infantil de 60 centímetros de profundidade. O cabelo da menina ficou preso na entrada de aspiração do filtro da piscina, que fica na área de lazer do Sanfelice Hotel, no Centro da cidade.
Rachel estava na cidade com a mãe. A família, de Guarujá (SP), passaria férias na cidade catarinense.
Segundo a Polícia Civil, o responsável pelo hotel pode responder por homicídio culposo, pois não havia o sistema de sucção previsto em lei.
O advogado do hotel confirmou que não havia sistema antissucção na piscina, mas alega que não houve irregularidade porque a menina estava acompanhada da mãe e a piscina é infantil.
Testemunhas contaram aos bombeiros que a menina ficou debaixo d’água por cerca de seis minutos, do momento em que cabelo ficou preso até a chegada de outros hóspedes que conseguiram resgatá-la.
Um guarda-vidas civil que passava pelo local tentou fazer a reanimação, mas Rachel teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.
Uma lei estadual de novembro de 2015 obrigada a instalação, em todas as piscinas residenciais ou coletivas, de um sistema antissucção para evitar acidentes desse tipo. Em novembro de 2016, terminou o prazo para adaptação à lei, ficando sujeitos à interdição das piscinas, em caso de não cumprimento.
Com o sistema, a sucção é interrompida assim que é detectado o objeto estranho no ralo.
“Essa lei deu período de um ano para todas as edificações se regularizarem e o atestado de funcionamento que o bombeiro permitiu para esse hotel foi feito antes de terminar esse prazo”, diz o tenente do Corpo de Bombeiros Walter Mendonça de Pereira Neto.
O Corpo de Bombeiros já havia solicitado que a lei deixasse mais claro que a fiscalização é de responsabilidade dos bombeiros.
Por causa do risco de sucção e de outros riscos, a orientação dos bombeiros é não deixar crianças em piscina sem supervisão.
“Por mais que haja pouca profundidade, uma boia, algum instrumento de segurança, não pode, de maneira alguma, informar aos pais e uma pessoa próxima que essa criança está em um local controlado. Sempre tem que manter a supervisão”, detalha o tenente dos bombeiros.
Fonte: G1
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