Não é de hoje que a Orla de Marabá, principal cartão postal da cidade, vive de altos e baixos, as vezes relegada ao esquecimento e outras revitalizada e atraindo a visita de quem aprecia seu belo pôr-do-sol. Atualmente, com bancos quebrados, pintura desgastada e iluminação precária, o espaço requer atenção e cuidados do poder público.

Em entrevista ao CORREIO, moradores e frequentadores do espaço cobraram ações urgentes da gestão municipal. Deste que foi construída, a Orla nunca passou por reforma, apenas por pequenos reparos. Mas, de acordo com informações repassadas ao Jornal pela assessoria de comunicação da prefeitura, a secretaria de obras já tem projeto de reforma e revitalização previsto para o local, com investimentos de R$ 1 milhão ainda este ano.

Uma das reclamações mais recorrentes dos usuários é referente à falta de arborização ao longo dos mais de dois quilômetros de calçada da Orla. Noé Crisostomo, que todos os dias caminha por lá, queria o local repleto de árvores e bem limpo, além de uma iluminação de qualidade. “Eu acho que o prefeito deveria olhar mais para Orla. Tem que ver a pintura das grades, bancos, iluminação e tudo mais. Tem que fazer uma reforma geral”, opina.

No fim do ano passado, a gestão municipal anterior chegou a realizar uma reforma geral na Praça São Félix, que se encontra ao final da Orla também na Marabá Pioneira, porém as melhorias se limitaram apenas àquele espaço. Para o estudante Edgar Mateus, falta olhar o local com mais cuidado. “Gostaria que no lugar destes bancos quebrados tivessem bancos novos, que a Orla fosse pintada também nesses ferros. Aqui é ponto turístico e o pessoal vem querendo visitar e dá muita gente aqui. Seria bom se fosse mais organizado e iluminado aqui”, declarou.

Para Fernanda Carine Martins, também estudante, mas mora em Itupiranga e visitava o espaço esta semana, a população também precisa fazer a parte dela para preservar o lugar. “Em um espaço como esse, as pessoas deveriam ter zelo, primeiramente. Não jogar o lixo que elas produzem aqui no chão. Deveria ter uma infraestrutura melhor, mas eu penso que isso depende da colaboração de cada um”, observou.

Segurança e arborização

Para João Paulo dos Santos Ferreira, a discussão sobre a Orla está para além das demandas emergenciais. “A Orla em si, acho que não deveria ter uma só estrutura, um novo visual, mas segurança e arborização. Porque a Velha Marabá tem uma imagem de um local meio perigoso, principalmente a Orla. E não é todo momento que aqui é tão visitado, tem certas pessoas que só vem no fim de semana”.

Segundo ele, é preciso ainda um cuidado especial com o Rio Tocantins. “Eu não venho aqui só para ver o pôr-do-sol e quando olho para baixo vejo o tanto que está sujo na beira do rio”. João Paulo contou à reportagem que no ano passando, quando estudava no 3º do Ensino Médio da Escola Acy Barros, teve contato com um projeto de estudo do rio, que o possibilitou enxergar os problemas existentes nele.

“O que a gente percebeu é que muito dinheiro é investido, teoricamente, na questão de infraestrutura e esgoto. E as pessoas não recebem o tratamento de esgoto adequado, que jogado de qualquer jeito no Rio Tocantins”, frisou.

Prefeitura vai investir R$1 milhão em revitalização

A assessoria de comunicação da prefeitura informou, por meio de nota, que a Secretaria de Obras de Marabá (Sevop) já fez o levantamento vários problemas encontrados na Orla. Deste a deterioração de estruturas metálicas, passando por bancos quebrados até o pavimento em péssimo estado. Para tanto a reforma tem custo estimado em R$ 1 milhão de reais, para dar conta de toda a área estrutural, além das quadras poliesportivas e revitalização dos espaços verdes.

“Todos esses problemas já foram planilhados e o processo licitatório já está em andamento. O local não passa por reforma estrutural desde a sua inauguração. Neste período a Orla só passou pintura e pequenas reformas urbanísticas. O objetivo da reforma é devolver a Orla de Marabá o seu estado inicial, da época de sua inauguração”.

(Nathália Viegas com informações de Josseli Carvalho)

Foto: Josseli Carvalho