O Governo do Estado do Pará manifesta seu profundo pesar pelo falecimento, nesta sexta-feira (1º), do ex-governador do Estado Aurélio Correia do Carmo e decreta luto oficial por três dias.
Aurélio do Carmo tinha 98 anos e ocupou o cargo de Chefe do Executivo Estadual entre os anos de 1961 e 1964. Também foi advogado e desembargador do Tribunal de Justiça do Pará, nos anos de 1972 até 1985. Aurélio teve uma carreira pautada pela determinação e compromisso.
Ex-presidente da Subseção da OAB em Marabá, o advogado Haroldo Gaia escreveu: “Dr. Aurélio do Carmo, viveu e fez história em nosso Pará, foi governador deposto pelo golpe militar de 1964, exerceu vários cargos públicos na esfera do executivo e do judiciário, até chegar a Desembargador no TJPA, depois exerceu a advocacia; me acolheu em seu escritório no Edifício Barão de Belém, quando eu era estudante e depois como advogado, sempre tratava a todos com gentileza e humanidade, me chamava de colega advogado, quando eu estava dando meus primeiros passos na advocacia, foi um amigo e uma inspiração pra toda a vida. Que Deus o receba e conforte o coração de sua família e de seus amigos!”.
BIOGRAFIA
Aurélio do Carmo nasceu em Belém no dia 31 de janeiro de 1922, filho de Aurélio Ximenes Costa do Carmo e Josefina Correa do Carmo. Ele se formou em Direito, em 1944, pela Universidade do Pará. Paralelamente a seus estudos, trabalhou como escriturário no Tribunal de Justiça do Estado.
Após a queda do Estado Novo em outubro de 1945, filiou-se ao Partido Social Democrático (PSD) de seu estado. Entre 1945 e 1956 desempenhou as funções de promotor público da comarca de Castanhal (PA), depois da capital; assistente judiciário cível; chefe da assistência judiciária; secretário do Ministério Público; delegado de polícia de Belém e corregedor do Departamento de Segurança Pública.
Foi chefe de polícia do Pará no governo constitucional do ex-interventor Joaquim de Magalhães Barata. Em outubro de 1960, lançou sua candidatura ao Executivo estadual, sendo eleito por maioria absoluta, tomando posse em 31 de janeiro de 1961.
Em 1964, após ter seu mandato cassado na Ditadura Militar e seus direitos políticos suspensos por 10 anos, exerceu a advocacia e foi nomeado desembargador do Tribunal de Justiça do Estado, em janeiro de 1972, ocupando o cargo até atingir a aposentadoria compulsória em 25 de outubro de 1985.
Depois de aposentado, continuou exercendo a advocacia em seu escritório particular. Aurélio também foi professor de direito penal na Faculdade de Direito do Estado do Pará; secretário de Estado de Interior e Justiça e procurador da Fazenda Nacional. (Da Redação)
Fonte: correiodecarajas.com.br
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