A Delegacia de Homicídios de Belém começou a ouvir depoimentos e analisar imagens feitas na embarcação em que a jovem Yasmin Fontes Cavaleiro de Macêdo, de 21 anos, estava antes de morrer.
A estudante de medicina veterinária desapareceu durante um passeio de lancha na noite de domingo (12). O corpo dela foi encontrado no rio Maguari, na capital paraense, no início da tarde de segunda (13).
“Nenhuma hipótese está descartada e somente o trabalho investigativo nos levará ao que aconteceu e de que forma aconteceu”, afirma o delegado responsável pelo caso, Cláudio Galeno.
A mãe da jovem e o advogado da família apontam contradições nas declarações de quem estava com ela na lancha. Foram apontadas três versões: que ela pode ter caído da lancha, que estava urinando e sumiu e que desapareceu durante um banho no rio, versão rechaçada pela família, pois ela não sabia nadar. A família diz também que ela não costumava ingerir bebida alcoólica .
O caso é investigado pela Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR) e pela Polícia Civil. Inicialmente, a delegacia de investigações fluviais estava com o caso, mas após a confirmação da morte, o inquérito policial ficou sob responsabilidade da delegacia de homicídios da capital.
Veja abaixo o que se sabe e o que falta saber sobre a morte da jovem:
A causa da morte ainda foi informada pelas autoridades, nem mesmo se foi por afogamento. A polícia requisitou “exame necroscópico, que apontará as causas”.
O desaparecimento da jovem foi próximo a um flutuante usado como restaurante, quando ela estava com os amigos em uma lancha. Ela tinha saído com eles horas antes para um passeio. A suspeita é que ela tenha desaparecido por volta das 22h30 de domingo. A mãe disse que foi informada pouco após as 23h. O piloto da lancha registrou boletim de ocorrência por volta das 5h da manhã de segunda-feira dizendo que a jovem despareceu enquanto nadava.
O corpo foi encontrado na tarde de segunda-feira pelos bombeiros. Os locais onde ela despareceu e onde o corpo foi localizado ficam distante cerca de 10 minutos da marina, onde o barco fica ancorado, no bairro do Tenoné em Belém.
A jovem estava com amigos e conhecidos na lancha. A mãe da jovem diz que havia superlotação e que o piloto não tem habilitação.
“Sendo que a lancha tinha capacidade pra 8 pessoas e tinha mais de 13, já ouvi até informações que tinham 17. O dono que pilotava não tem habilitação e estavam todos bêbados, tudo isso”, disse durante o velório da jovem, na noite de segunda.
A polícia e a Capitania dos Portos não responderam ao g1 quantas pessoas estavam na lancha, se algum deles estariam com coletes salva-vidas, nem qual a capacidade da embarcação e se o condutor tinha habilitação e se estaria embriagado.
A polícia está ouvindo, além da família, pessoas que estavam com ela na lancha. Não houve nenhum pedido de prisão.
Segundo o delegado responsável, Cláudio Galeno, estão sendo ouvidas “as pessoas que estavam na lancha, familiares que sabiam o que a Yasmin ia fazer naquele dia e que de alguma forma irão contribuir para elucidação do caso”.
Durante as buscas dos bombeiros para encontrar a jovem quando ela ainda desaparecida, na manhã de segunda (13), a Capitania dos Portos e a Polícia Civil confirmaram a investigação para “apurar possíveis causas e responsáveis pelo ocorrido”. O prazo da conclusão do inquérito é de 30 dias, podendo ser prorrogado.
Yasmin Macêdo publicou um vídeo nas redes sociais mostrando o pôr do sol momentos antes de desaparecer. Segundo a mãe , a jovem havia saído para almoçar. Por volta das 22h, a mãe recebeu mensagem da filha contando do passeio de lancha e que estava bem.
“Ela tinha dito que só vinha almoçar aqui e aí quando foi umas 21h eu procurei por ela. Às 22h ela mandou essa mensagem: ‘tô na lancha mas tá tudo bem, a gente já tá indo pra Marina’. Às 22h10 ela me mandou uma foto. E aí as pessoas já me ligaram era mais de 23h, quase 00h, para me avisar que ela sumiu”, relatou a mãe.
Fonte: Correio de Carajás
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