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MPPA envia à Justiça pedido de prisão preventiva do prefeito de Canaã dos Carajás

O Ministério Publico do Pará (MPPA) enviou à Justiça um pedido de prisão preventiva contra o prefeito de Canaã dos Carajás, Jeová Gonçalves de Andrade. Segundo o MPPA, o político cometeu crime de improbidade administrativa na desapropriação de um terreno no município, onde seria construída uma nova rodoviária. Investigações do MP apontam que o valor de compra do terreno teria sido superfaturado.

Segundo o MPPA, caso o desembargador que julgar o pedido considerar a prisão preventiva uma medida excessiva, o órgão solicita a indisponibilidade dos bens e o afastamento imediato do atual prefeito do cargo, como penas alternativas. De acordo com o MP, as medidas são necessárias para a garantia da ordem pública.

De acordo com as investigações, o prefeito Jeová Gonçalves de Andrade desapropriou, em outubro de 2019, um imóvel denominado “loteamento Santana”, para no local construir a nova rodoviária do município. No entanto, segundo o MP, o imóvel, que havia sido vendido meses antes por R$ 40 mil, acabou sendo adquirido por quase R$ 4 milhões.

O MP aponta que a desapropriação foi planejada pelo prefeito e por um dos proprietários da empresa White Tratores Serviços de Terraplenagem, um dos principais credores do município. As investigações do MP indicam também que, para intermediar a fraude, foi utilizado um funcionário da empresa como “laranja”, fazendo com que a negociação de compra se desse em nome dessa pessoa.

No entanto, a posição de “laranja” do funcionário da empresa ficou evidente quando o MPPA constatou que todos os valores recolhidos em nome do funcionário foram pagos pela empresa White Tratores Serviços de Terraplenagem.

Em nota, a prefeitura de Canaã dos Carajás esclarece que a compra do terreno para a nova rodoviária de Canaã foi feita com valor bem abaixo do estimado pela perícia do IML, o que garantiu uma economia de pelo menos 50% aos cofres públicos, numa compra, inclusive, aprovada pela Câmara Municipal de Canaã dos Carajás. Segundo a prefeitura, a denúncia “causa estranheza” pois ocorre às vésperas do processo eleitoral e estimulada por grupos de oposição. A prefeitura de Canaã informa, ainda, que os fatos serão esclarecidos e a lisura do processo será provada em momento oportuno.

Fonte: g1.globo.com



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