O jovem que aparece em imagens sendo carregado pelos amigos, chegou a ser levado para o hospital, mas não sobreviveu.

Armad Rrassan é responsável por uma associação que ajuda a proteger palestinos ameaçados por colonos israelenses. Todos os dias ele recebe, pelo celular, relatos de violência nos acampamentos perto de Ramallah, onde mora. Ármad mostrou um desses vídeos, em que militares israelenses atiraram em um adolescente de 16 anos num acampamento, na Cisjordânia.

O jovem, que aparece nas imagens sendo carregado pelos amigos, chegou a ser levado para o hospital, mas não sobreviveu. O pai dele contou para o fotógrafo e documentarista Gabriel Chaim que o adolescente foi assassinado quando voltava da escola.

“Ele era um jovem que vivia no campo. Gostava de jogar videogame com os amigos, visitar as irmãs, gostava de passear. Gosta de cavalos, era muito tranquilo. É muito difícil. Não tenho palavras pra descrever a perda do meu filho. Se não tiver um cessar-fogo, se as potências mundiais não agirem, a situação vai piorar e vai ficar cada vez mais violento”, relatou o homem palestino.

No Fantástico deste domingo (5), Gabriel Chaim conversou com palestinos que vivem na Cisjordânia. Eles relatam que as ameaças dos colonos israelenses extremistas aumentaram e ficaram mais violentas, desde que a guerra entre Israel e o Hamas começou.

“Os colonos começaram a receber armas mas, em vez de usar na guerra, em Gaza, eles estão usando essas armas pra expulsar a população palestina e fechar as ruas”, diz o presidente da Associação.