Durante a sessão, vários membros do Conselho de Segurança condenaram os últimos eventos. Entre os países que criticaram a Rússia estão França, Noruega e Irlanda, cuja embaixadora, Geraldine Byrne Nason, foi enfática. “Os atos unilaterais da Rússia não fazem mais que exacerbar as tensões”, disse.
Para o embaixador da França, Nicolas de Riviere, a Rússia “escolheu uma via questionável e de confronto”.
“Quem será o próximo invadido?”, questionou de maneira mais direta o embaixador da Albânia, Ferit Hoxha, ao criticar a “ruptura do direito internacional”.
Seu colega indiano, T.S. Tirumurti, compartilhou “a profunda preocupação” e pediu “contenção de todas as partes”, enquanto a embaixadora britânica, Barbara Woodward, exigiu um recuo da Rússia e o Brasil pediu o “cessar-fogo imediato” no leste da Ucrânia.
“O ato de entrar com militares no leste da Ucrânia e o anúncio de reconhecimento da independência de territórios separatistas afetam a integridade territorial do país”, criticou o embaixador do Quênia, Martin Kimani.
Gana e Emirados Árabes também criticaram a Rússia, com pedidos de “desescalada” e “contenção”.
O representante do Brasil, Ronaldo Costa Filho, disse que o país renova o apelo à “manutenção do diálogo em um espírito de abertura, compreensão, flexibilidade e um senso de urgência para encontrar caminhos para uma paz duradoura na Ucrânia”. Segundo ele, um dos objetivos deve ser um cessar-fogo, com uma desmobilização de tropas e equipamento militar, o que seria importante para ajudar a aumentar a confiança entre os diferentes lados, e reforçar a diplomacia.
China não critica a Rússia
A China adotou uma postura diferente e não criticou diretamente a Rússia. “Pensamos que todos os países devem resolver suas divergências internacionais por meios pacíficos de acordo com os objetivos e princípios da Carta das Nações Unidas”, disse o embaixador Zhang Ju.