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No Pará, agente do Detran é a primeira mulher motociclista batedor do Brasil

Maria da Silva Sousa se destaca em um ramo que ainda é dominado por homens

A agente de fiscalização de trânsito Maria da Silva Sousa, de 39 anos, é a primeira mulher do Brasil a se formar no Estágio Motociclista Militar e Batedor do Brasil, oferecido pelo Exército Brasileiro através da Polícia do Exército. Maria entrou para o quadro de agentes de trânsito do Departamento de Trânsito do Estado (DETRAN) em 2010,  e passou a integrar o Grupamento Tático Motociclístico (GTM) do Detran em 2016.

Natural de Santa Inês, no estado do Maranhão, a agente veio para a capital paraense com o objetivo de cursar o ensino superior, formando-se em Licenciatura Plena em Matemática, em 2016, pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Mãe de dois filhos,  Maria atua há 11 anos como agente de trânsito, uma parceria da qual a maranhense se orgulha bastante. “Tenho maior orgulho de integrar a fiscalização de trânsito do Detran Pará, me sinto honrada e feliz por exercer essa profissão”, declarou.

A agente de trânsito foi apresentada oficialmente como motociclista batedor na solenidade de congratulação aos novos motociclistas batedores do órgão, que ocorreu na última quinta-feira (7). Além de Maria, outros dois agentes se formaram no curso, Sandro Félix e Robson Dantas. O VII Estágio de Motociclista Militar e Batedor foi realizado por meio da 15a Companhia de Polícia do Exército. Durante quatro semanas, os agentes tiveram instruções teóricas e práticas de frenagem e maneabilidade nas vias da Grande Belém. O curso tem o objetivo de habilitar agentes de segurança em missões de escolta e segurança de comboios, conduzido em motocicletas. Atualmente, o Grupamento Tático Motociclístico (GTM) do Detran conta com 29 agentes, sendo 17 batedores formados pela Polícia do Exército.

Sendo pioneira neste ramo no Brasil, Maria Sousa já desejava realizar o curso, mas por motivos pessoais precisou adiar os planos da formação. Este ano o curso ofereceu quatro vagas para o Detran e para ser selecionada, ela precisou ser aprovada na prova de matrícula, em que os candidatos precisam realizar manobras e demonstrar suas habilidades com a motocicleta. Após a aprovação, pôde realizar o curso na 15a Companhia de Polícia do Exército, em Belém. “Sempre tive o desejo de fazer este curso, mas temia pela rigidez. Foi um curso bastante difícil e cansativo, mas de extrema importância para minha atuação como agente e com certeza me ajudará no desenvolvimento da minha profissão”, informou Maria.

A profissional destaca a importância de ser a primeira mulher em um ramo que ainda é dominado por homens. “Eu espero que outras mulheres se espelhem em mim e realizem seus sonhos. Trabalhar na fiscalização utilizando a motocicleta não é fácil, é um trabalho com muitos riscos iminentes, pois estamos sempre em alta velocidade trafegando nas vias. Então, desejo que nós, mulheres, continuemos lutando, ainda temos muitos obstáculos a percorrer, mas que possamos cruzar todos eles, com determinação e desígnio”.

Fonte: Correio de Carajás



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