Matei para defender minha honra”. Esta foi a frase que um mecânico disse ao se apresentar na delegacia de Polícia Civil do município de Itaituba, na região oeste do Pará, depois de matar o próprio patrão com quem trabalhava há 12 anos.
A vítima de homicídio foi identificada como Josean da Silva Abreu, 45, natural do município de Santa Inês, no Estado do Maranhão, que era proprietário de uma oficina localizada na 7ª rua com a travessa Justo Chermont, no bairro Bela.
O autor do crime se identificou na delegacia como o mecânico Idelmar Gomes Pereira, 45. O homicídio ocorreu na manhã do último sábado (15), por volta das 8h, dentro da oficina, quando o suspeito chegou para trabalhar, encontrou o patrão e sem muita conversa pegou a espingarda que carregava e disparou um único tiro que atingiu a cabeça e o peito da vítima.
Logo após praticar o crime, Idelmar Gomes Pereira pegou o carro que estava estacionado em frente a oficina e dirigiu até a 19ª Seccional Urbana de Policia Civil de Itaituba, onde se entregou e apresentou a espingarda e alguns cartuchos usados no crime.
Demonstrando muita frieza e tranquilidade, o homem foi até a sala onde ficam os investigadores e escrivães. “Acabei de matar o Josean com um tiro. O corpo está lá na oficina, pode ir lá ver, e matei para defender minha honra”, revelou aos policiais de plantão.
A princípio, os agentes da Polícia Civil não acreditaram na história, uma vez que diferente de outros homicídios os assassinos dão trabalho para a polícia desvendar os crimes e prendê-los, enquanto no caso do mecânico ele se apresentava contando sua versão e ainda exibia a arma.
Apesar da dúvida, os policiais recolheram a arma e algemaram Idelmar Gomes. Pouco tempo depois chegou a informação que confirmava o crime. O acusado foi autuado pelo crime e deve encarar, nesta segunda-feira, uma audiência de custódia, na qual será definida sua situação.
No depoimento prestado na Polícia Civil, o mecânico Idelmar Gomes Pereira disse que matou o patrão depois que tomou conhecimento de algumas conversas em redes sociais que pessoas estavam falando que havia na cidade um mecânico gay.
Segundo o mecânico, esta informação teria partido de Josean da Silva Abreu, que teria confirmado que o tal mecânico das conversas era o seu empregado, fato que deixou o funcionário revoltado e o teria feito perder a cabeça, terminando por matar o patrão. Por várias vezes ele repetiu no depoimento que o crime foi em defesa de sua honra.
Ele informou que o crime tinha sido já definido há dias e no sábado, ao sair de casa, municiou a arma já com o intuito de acertar as contas com o patrão. Ele confessou aos jornalistas não estar arrependido do homicídio.
Fonte: pebinha de Açúcar
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