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ONG quer devolver sorriso a trans que teve dente quebrado por homem em SP; polícia analisa vídeo para identificar agressor

Turma do Bem, que conta com dentistas voluntários, procurou Priscyla Rodrigues para oferecer tratamento gratuito para reconstruir dente. ‘Ele destruiu o meu sorriso’, disse garota de programa sobre agressor em entrevista ao g1. Ela o acusa de transfobia.

Uma ONG quer devolver o sorriso à mulher transexual que teve o dente quebrado por um homem, na última quinta-feira (9), na Zona Sul de São Paulo. O caso repercutiu depois que o vídeo que mostra o agressor dando socos no rosto de Priscyla Rodrigues viralizou na internet (veja abaixo).

“Ele destruiu o meu sorriso”, disse à vítima, que é garota de programa, em entrevista ao g1. Priscyla ainda teve hematomas na face, pernas e braços e alegou que o agressor fraturou seu nariz. Ela e outras trans que trabalham com prostituição na região o acusam de transfobia. Outro vídeo mostra o que seria o mesmo homem jogando água numa outra colega que trabalha com ela na rua.

Polícia Civil investiga o caso inicialmente como lesão corporal. E analisa as imagens para tentar identificá-lo. Até a última atualização desta reportagem, o a agressor, que seria morador do bairro da Saúde, não havia sido localizado.

ONG Turma do Bem

Foram essas cenas de violência e a declaração de Priscyla lamentando a perda do seu sorriso que sensibilizaram dentistas voluntários da Turma do Bem. A ONG oferece tratamento dentário gratuito a vítimas de violência. Muitas vezes, elas perdem seus dentes por causa das agressões sofridas e não têm condições financeiras de pagar por uma reconstrução ou restauração.

“A gente ficou chocado vendo as imagens da agressão contra Priscyla e entramos em contato com ela. Na semana que vem vamos conversar mais. Acreditamos que em dois meses ela terá seu dente e sorriso que tanto quer de volta”, falou nesta sexta-feira (10) à reportagem a cientista social Amanda Monteiro, diretora da Turma do Bem.

A ONG surgiu no início dos anos 2000 com outro nome, mas desde então já atendeu cerca de 1.100 mulheres cis e trans que foram violentadas e tiveram algum problema na boca em decorrência de agressões como é o caso de Priscyla, a mulher negra que aparece na gravação sendo agredida na esquina da Alameda dos Quinimuras com a Avenida Irerê.

‘Destruiu o meu sorriso’

“Chama a polícia, amiga…”, grita a trans Priscyla Rodrigues, de 26 anos, enquanto aparece num dos vídeos correndo, pedindo ajuda e tentando fugir de um homem branco. Quem grava a cena é uma outra trans, amiga dela.

“Olha só o que ele fez comigo: Ele destruiu o meu sorriso. Foi uma cena muito horrível, muito horrível”, disse ela, ainda na quinta, em entrevista ao g1. “Fui uma das vítimas de transfobia. Ele me agrediu sem motivos e estou toda arranhada”.

Polícia tenta identificar agressor

Na gravação é possível ver quando ele dá dois socos no rosto da garota de programa. No segundo golpe, ela bate a cabeça num portão e o vídeo acaba.

Fonte: g1.globo.com



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