A Lei Orçamentária Anual (LOA), conhecida popularmente como “Orçamento” do município de Marabá para 2017 acaba de chegar à Câmara Municipal para análise e aprovação. O valor total dele é R$ 833.005.427,07, apenas R$ 52 milhões a mais que o deste ano, que é de R$ 781.663.652,80. O crescimento mínimo de 6,6% se deve à previsão de que as receitas do município não serão tão benéficas para a administração municipal.
Até ser aprovada no início do próximo mês, a Comissão de Orçamento da CMM deverá realizar audiência pública e receber propostas de emendas da comunidade. O Orçamento chegou à Câmara no dia 30 de outubro, mas veio com alguns erros, entre os quais o nome do município de Bonito, no Mato Grosso, aparecia no lugar de Marabá em dois trechos diferentes, o que obrigou a Casa a devolver para o Executivo efetuar as mudanças.
O polêmico Orçamento para 2017 vai sofrer mudanças antes mesmo de ser aprovado e, certamente, no primeiro dia do governo de Tião Miranda, quando ele anunciar que vai extinguir secretarias e aglutinar outras. Atualmente, o município de Marabá conta com 22 secretarias e três autarquias, um número que o atual prefeito João Salame tentou diminuir logo no primeiro ano de governo, mas não teve pulso suficiente.
Na LOA para o próximo ano não consta o chamado “Orçamento Impositivo” de autoria do vereador Pastor Eloi Ribeiro e aprovado por unanimidade este ano para que comece a valer a partir de 2017. Com ele, o Legislativo deverá apresentar e aprovar emendas, garantindo a movimentação de recursos e fixando que 1% do total da receita líquida do município será destinado à execução equitativa das emendas sugeridas pelos 21 vereadores eleitos para atender necessidades específicas em várias áreas da cidade.
Ontem, quarta-feira, 9, o grupo do prefeito eleito Tião Miranda reuniu-se a partir de 16 horas para analisar detidamente a Lei Orçamentária prevista para o próximo ano. É possível que o grupo também apresente sugestões de emendas e as encaminhe para a Câmara para serem votadas.
Há rumores de que Tião Miranda poderá extinguir ou aglutinar as secretarias de Urbanismo, Turismo, Esporte e Lazer, Ações Comunitárias, Segurança Institucional (inclusive a Guarda Municipal) e Representação em Brasília. Esta última foi instituída por Maurino Magalhães e tem orçamento previsto de R$ 66.000,00 para o ano de 2017. Dentro do grupo mirandista, há ainda os mais ousados, que defendem acabar com Ipasemar e repassar os recursos do Instituto de Previdência Municipal para a União, voltando os servidores ao velho INSS.
Com receitas tributárias, o município prevê arrecadar R$ 129.640.194,74. Além disso, deverão entrar nos cofres municipais mais R$ 572.820,337,18, fruto de repasses constitucionais da União e do Estado, com recursos para educação, saúde e assistência social, por exemplo.
A Secretaria que tem a maior previsão de receitas e despesas é a Educação, com R$ 240.214.652,08, seguida por Saúde, com R$ 161.956836,94. Em terceiro lugar aparece a Secretaria de Obras com R$ 145.520.642,18 e Urbanismo em quarto com R$ 26.418.254,36.
(Ulisses Pompeu)
Fonte: CT ONLINE
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