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Organização criminosa usa a fé para atrair vítimas em esquema de pirâmide, no Pará

De acordo com MPPA, chefe do grupo se dizia um ‘homem de Deus’ para ludibriar as vítimas.

Para combater uma organização criminosa que usava a fé para atrair vítimas em um esquema de pirâmide, a operação ‘Mercadores do Templo’ foi realizada nesta quinta-feira (5). Durante a ação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Belém.

O objetivo da ação, deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), com participação do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), é desarticular um esquema criminoso desenvolvido em uma complexa composição piramidal para captação de recursos financeiros sob a promessa de lucros exorbitantes.

A investigação apontou que os membros da organização criminosa utilizavam a fé como principal meio de obter investidores para os supostos serviços financeiros que ofereciam.

De acordo com o MPPA, o chefe do grupo apresentava-se como ‘homem de Deus’, honesto e de confiança. “Com a oratória afiada e se utilizando de passagens bíblicas, jargões de cunho religioso e, até mesmo, músicas gospel, ele conseguia ludibriar as vítimas, convencendo-as a investirem as economias nas fraudes”, de acordo com denúncia do MPPA.

Além disso, a apuração mostrou que as empresas do grupo investigado ofereciam serviços financeiros de altíssima e ilusória rentabilidade, sob a promessa de juros remuneratórios de 8,33% ao mês para pessoa física e de 10% ao mês para pessoa jurídica.

Contudo, a forma de atuação dos investigados se assemelha ao modo de agir de grandes organizações criminosas responsáveis por delitos altamente complexos, conhecidos como ‘esquemas ponzi’ ou pirâmides financeiras.

Segundo o MPPA, além de Belém, mandatos foram cumpridos nas cidades de Unaí, Belo Horizonte, Contagem e Guanhães, em Minas Gerais; e em Brasília, no Distrito Federal.

Fonte: g1.globo.com



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