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Pais vão à polícia contra cursinho para Forças Armadas em Marabá

Segundo os pais, houve a promessa de que os filhos receberiam várias disciplinas e iriam viajar para conhecer as forças armadas, mas isso não aconteceu.

Diversos pais de adolescentes procuraram a Polícia Civil na tarde desta segunda-feira (21) para denunciar o Instituto de Preparação para o Exército, Marinha e Aeronáutica (Ipremear). De acordo com a denúncia, o instituto prometeu preparar os adolescentes para ingressarem nas forças armadas, mas tudo ficou na promessa.

Uma das pessoas que fizeram a denúncia, Gleude de Oliveira Rocha, pai de dois alunos do curso, denuncia que até hoje os filhos só tiveram aulas de Português e Matemática e que ele paga R$ 150 por mês, mas que nunca houve nenhuma viagem para que os adolescentes conhecessem as instalações militares. Com o passar do tempo, ele e os outros pais chegaram à conclusão de que estão sendo vítimas de um golpe.

Eles estão indignados também com o fato de que, para retirarem seus filhos do curso agora, terão de pagar multa por quebra de contrato, pois o curso tem duração de 1 ano e 3 meses.

Outra pessoa que ouvida pela Polícia Civil ontem foi a servidora pública Iloyane Cavalcante. Mãe de uma filha adolescente, que sempre sonhou em seguir a carreira militar, ela relatou a mesma história. “A gente entra na vibe dos filhos da gente quando vê que eles querem algo para o futuro deles”, relata.

Outro lado

Por telefone, um representante do curso afirmou categoricamente que “não tem golpe nenhum”. “Não estamos enganando ninguém, pois todos os sábados está tendo aula”, afirmou, acrescentando que nunca afirmou ter parceria com as Forças Armadas, pois isso é até ilegal.

Em Marabá, as aulas do curso funcionam em um hotel da Nova Marabá, perto da sede do 4º BPM. Por outro lado, o mesmo curso também enfrentou um problema parecido na cidade de Altamira.

Providências

Sobre o assunto, o delegado Márcio Maio, da Polícia Civil, explicou que o caso pode ser que caracterize como estelionato, mas isso somente uma investigação vai dizer. Por outro lado, ele disse que os pais comentaram que iriam ao Procon. Se isso ocorrer, o caso será arquivado na Polícia Civil, pois o Procon, via de regra, recomenda um acordo.

Como havia muita gente na delegacia, o delegado tomou termo de depoimento de duas vítimas, mas identificou todos os pais que procuraram a delegacia. (Chagas Filho e Evangelista Rocha)

Fonte: Correio de Carajás



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