Apesar da conjuntura desfavorável por causa da pandemia do novo coronavírus, o Pará registrou crescimento na geração de empregos com carteira assinada pelo terceiro mês seguido. Em agosto, foram criados quase 10 mil postos de trabalho, sendo o principal destaque na região Norte e o 8º no ranking nacional. Em agosto, foram realizadas 26.983 admissões e 17.365 desligamentos, gerando um saldo positivo de 9.618 postos formais de trabalho.
No mesmo período do ano passado, o Estado também apresentou crescimento de empregos formais, só que menor que o verificado este ano, com um saldo positivo de 6.111 vagas. Outro detalhe importante: o saldo de empregos formais alcançado pelo Pará em agosto deste ano foi o maior para o mês de agosto na década, segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), com base em dados do Ministério da Economia, divulgados ontem.
Todos os setores econômicos apresentaram crescimento na geração de empregos formais, com destaque para a construção civil, com a geração de 3.510 postos de trabalho, seguidos da indústria em geral, com a criação de 2.057 vagas; setor de serviços (1.974 postos), comércio (1.812 vagas) e a agropecuária, que teve 265 novas vagas de trabalho.
O balanço produzido pelo Dieese/PA sobre a geração de empregos formais no Estado nos oito primeiros meses deste ano também aponta um saldo positivo de empregos formais no comparativo entre admitidos e desligados. Foram 173.560 contratações, 161.296 desligamentos e 12.264 novas vagas como saldo.
NO BRASIL
Já no país todo, o crescimento foi verificado pelo segundo mês seguido. Em agosto, foram 249.388 novas vagas formais de empregos, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O saldo positivo é a diferença entre 1.239.478 admissões e 990.090 demissões no mês passado. Em julho, o país também havia registrado geração de empregos, após quatro meses de perda de vagas.
O resultado para o mês passado é o melhor para agosto desde 2010, de acordo com os dados do Ministério da Economia. No ano passado, foram abertas 121.387 vagas no mesmo período.
O mercado de trabalho formal sofreu bastante com a crise causada pela Covid-19, mas voltou a criar vagas com carteira assinada desde julho. No acumulado do ano, 849.387 vagas com carteira assinada foram fechadas. É o pior resultado para o período de janeiro a agosto desde 2002, quando teve início a série histórica do Caged. O mês mais impactado pela crise foi abril, que registrou 927.598 vagas a menos. No decorrer dos meses, o número foi diminuindo, até chegar em junho, com fechamento de 19.579 vagas e aos números positivos de julho e agosto.
Os resultados do Caged, que mede a geração de empregos com carteira assinada, vão em direção oposta a dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também nesta quarta-feira. Dados da Pnad Contínua mostram que entre abril e julho faltou trabalho para 32,9 milhões de brasileiros. Trata-se do patamar mais alto da série histórica, iniciada em 2012.
Fonte: diarioonline.com
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