O Pará está entre os três estados brasileiros que menos receberam recursos do Governo Federal para o combate à pandemia do novo Coronavírus, a ponto de o Ministério Público Federal (MPF) e o Tribunal de Contas da União (TCU) questionarem publicamente o fato junto à administração em Brasília. Ainda assim, em toda a região Norte, nenhum outro ente federativo criou mais novos leitos no Sistema Único de Saúde (SUS), segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) em uma apuração feita pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
Foram 1.226 de janeiro a junho, ficando em sexto lugar na comparação nacional, atrás de São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Maranhão. Um outro dado dessa mesma análise comprova o fato de que o Estado precisou dar conta quase que sozinho e com poucos recursos de uma demanda histórica. Enquanto 20 outros estados elevaram o montante de leitos na rede privada, o que inclui os planos de saúde, foram fechados 582 leitos dessa categoria no Pará. Só pelos hospitais de campanha, que começaram a ser montados antes do pico da contaminação, foram mais 720 novos leitos em Belém, Santarém, Marabá e Breves.
INTERIOR
O Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), em Icoaraci, também na capital paraense, passou mais de dois meses ofertando inteiramente sua estrutura para pacientes com o novo Coronavírus, e atendeu mais de 38 mil pessoas no período. Foi considerado referência para internação de pessoas com sintomas graves. No interior, o aumento de leitos alcançou hospitais regionais e municipais, e foram inaugurados os hospitais Regional de Castanhal, com 120 vagas, e Regional do Tapajós, em Itaituba, com 164 leitos. Em janeiro de 2020, eram 10.347 vagas na rede pública, que chegaram a 11.573 em junho último no território paraense.
Estrutura criada
Em todo o Brasil, cerca de 22,8 mil novos leitos de internação foram habilitados para atender pacientes confirmados ou com suspeita de infecção por Covid-19. Segundo o CFM, é a primeira vez, em pelo menos dez anos, que esse tipo de infraestrutura volta a aumentar no País.
Fonte: diarioonline.com
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