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Pará foi o 2º estado com mais mortes violentas em 2018

A mortalidade de jovens do sexo masculino por causa violenta recuou significativamente em 2018, em todo país, mas permanece desproporcionalmente elevada quando analisada a série histórica desde 1998. É o que mostram os dados do levantamento “Estatísticas do Registro Civil”, divulgado pelo IBGE.

O Instituto afirma que houve redução nos óbitos violentos, provocados por agentes externos, como acidentes de trânsito, afogamentos, suicídios e homicídios, sem detalhar as causas da redução, mas os analistas do IBGE em Belém, mostram que, no ano passado, no Pará, das 33,5 mil pessoas mortas no Estado, 14, 5% foram de causas não naturais.

Esses dados colocam o Pará na segunda colocação no ranking de mortes por causas violentas no país em 2018, atrás apenas do Amapá. Ou seja, das 33,5 mil mortes registradas, 4,8 mil se enquadram na definição – e compreendem causas como homicídios, suicídios e acidentes.

Os analistas do IBGE no Pará utilizaram microdados do sistema de pesquisas do Instituto para chegar a esses resultados, já que não é possível encontrar esse detalhamento na pesquisa nacional “Estatísticas do Registro Civil”, divulgada na última quarta, 4.

De acordo com os técnicos paraenses, dos 4,8 mil óbitos ocorridos por causas não naturais, 4,2 mil eram homens, o que correspondia a 87,7% dos óbitos dessa natureza. Foram 599 mulheres mortas por causas violentas no Pará em 2018, o que representou 12,3% do total que se enquadra nos 14,5% que morreram em razão de homicídios, suicídios ou acidentes.

O levantamento “Estatísticas do Registro Civil” mostra que em 2018, a sobremortalidade masculina por causas externas no grupo de 20 a 24 anos foi da ordem de 10,7, isto é, um indivíduo do sexo masculino de 20 anos tinha, aproximadamente, 11 vezes mais chance de não completar os 25 anos do que um indivíduo do sexo feminino. Em 1988, 30 anos antes, esse valor era 7,3 vezes, o que configura um acréscimo de 46,6% no período.

No Pará, das 33,5 mil mortes registradas, 61,6% foram óbitos de homens (20,5 mil mortes) e 38,4% mulheres, com 13 mil óbitos. A maior porcentagem de mortes no período envolveu pessoas na faixa etária de 20 a 24 anos com um total de 1,2 mil mortes.

Diferenças

“A mortalidade masculina é superior à feminina ao longo de toda a vida. Contudo, em um determinado intervalo de idade, principalmente entre jovens e adultos jovens, esse diferencial se acentua. As causas principais para essa diferença são justamente as mortes não naturais, que incidem com mais intensidade entre homens”, observa a gerente da pesquisa Klívia Oliveira.

No Brasil, entre 2007 e 2017, houve um amento de 13,0% nos registros de morte violenta na população masculina com idade entre 15 a 24 anos. Alguns estados apresentaram crescimento bem acima da média nacional: Ceará (144,1%), Sergipe (134,7%) e Bahia (128,5%).

Para entender – Mortes em 2018

– Segundo a pesquisa, a maioria das mortes violentas foi registrada por homens com 4,2 mil mortes, o que correspondia a 87,7% dos óbitos. As demais 599 mortes foram de mulheres, o que representou 12,3% dessa porcentagem.

– 14,5% das mortes no estado foram por causas violentas em 2018. Essa taxa foi a segunda maior do país e ficou apenas atrás do Amapá (16,3%). De acordo com os dados do IBGE, as mortes violentas no estado totalizaram 4,8 mil e compreendem causas como homicídios, suicídios e acidentes.

DOL

Fonte: Debate Carajás



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